Na quarta-feira terá protesto em frente o Gabinete da Prefeita
O Conselho de Representantes das Escolas da Rede Municipal de Várzea Grande, se reuniu hoje, sexta (20.05) para avaliar o documento que a Prefeita Lucimar Campos enviou ontem para a categoria, comunicando que vai repassar o percentual de reajuste de 11,36% apenas para os professores.
Na proposta de realinhamento de salários ficam de fora todos os funcionários das escolas:, as merendeiras, os agentes de limpeza, os vigias, as Técnicas em Educação Infantil, as Técnicas em Educação especial, os técnicos administrativos das escolas, a Secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SMECEL) e das unidades especializadas.
A decisão da Prefeita Lucimar Campos está gerando revolta entre os funcionários de escola que já possuem um dos piores salários em dentre os municípios de Mato Grosso. Muitos tem manifestado que a Prefeita traiu a categoria, ao desconsiderá-los e deixá-los sem reajuste salarial.
POR QUE A PREFEITA LUCIMAR ESTÁ SENDO CONSIDERADA TRAIDORA DA CATEGORIA?
Tão logo a Prefeita Lucimar assumiu a prefeitura, a direção do sindicato expôs a ela e ao Secretário Silvio Fidelis todos os problemas da educação. A prefeita afirmou que educação valorização dos servidores públicos era prioridade na sua administração. Um semana depois, o secretário Silvio Fidélis deixou a Secretaria e a Secretária Zilda Assumiu a pasta da Educação.
Os acordos já vindo da administração anterior não tiveram prosseguimento. Veio a greve que durou 17 dias e a categoria com a pressão do TJ/MT e a Câmara de Vereadores construíram uma acordo que pôs fim à greve. A prefeita Lucimar cumpriu apenas a revisão de salário sem pagar as diferenças, sem fazer a revisão do PCCS e sem fazer a revisão do enquadramento.
No acordo de 2015, a prefeita Lucimar prometeu e estabeleceu em Lei que aplicaria o percentual de revisão salarial de 2016, que deveria ser aplicado na data base de janeiro prevista no PCCS, em maio de 2016. Em março, a categoria já temendo um calote por causa do ano eleitoral, realizou quatro dias de greve e obteve da Comissão Permanente de Negociação, o compromisso de que a prefeita estaria cumprindo em maio o acordo transformado em Lei.
Mas estranhamente e sem a menor sensibilidade, a Prefeita Lucimar encaminhou um documento neste dia 19/05 aos educadores, comunicando que a atualização dos salários será apenas para os professores, deixando sem revisão de salário mais de 1.500 servidores da educação.
SALÁRIO DE MISÉRIA
Por causa das diferenças salariais, os funcionários e as funcionárias de escola, vão amargar mais um ano sem revisão do seu salário. Num momento em que a inflação ultrapassou a casa de 11%, a prefeita Lucimar castiga as merendeiras, os agentes de limpeza, os vigias nas escolas, as técnicas que cuidam das crianças de educação especial e nas creches, e os técnicos administrativos nas escolas. O piso salarial desses servidores equivale a pouco mais de R$ 1.000,00.
CATEGORIA DECIDE PROTESTAR
A categoria decidiu continuar lutando para os 11,36% assegurado aos professores também sejam estendidos aos funcionários. Várias ações serão implementadas, dentre elas, na próxima quarta-feira (25/05) farão um protesto em frente ao gabinete da Prefeita.
“Não vamos descansar nem dar trégua para a prefeita. Ela vai ter que nos atender” afirma a TDI (técnica de Desenvolvimento Infantil) contratada que inclusive vai perder o emprego em junho, por causa do teste seletivo que a prefeitura aplicou para contratar servidores, uma semana depois que os contratados por 5 meses gastaram mais de 100 reais para preparar documentação.
NOVO CONSELHO DE REPRESENTANTES
Até a data do pagamento, outras atividades serão realizadas para pressionar a prefeita a cumprir a lei que ela mesma assinou. No dia 31 de maio novo conselho de representantes será realizado e não está descartado realizar uma assembleia para deliberar outros encaminhamentos.