Teve incio na manh� de segunda (17/02) a greve geral por tempo indeterminado na rede municipal de ensino de Vrzea Grande.A Greve foi deliberada no ltimo dia 11 de janeiro, quando uma assembleia com mais de 400 pessoas e 64 das 80 escolas e creches do municpio representadas.Categoria decidiu que s retorna se o Plano de Cargos, Carreira e Salrios (PCCS0 for aprovado e sancionado pelo prefeito. A categoria em greve pela primeira vez em 2014, depois de 3 greves m 2013, reivindica principalmente a reestrutura�o do PCCS, a atualiza�o salarial e a conclus�o do revis�o do enquadramento de 2010, com calendrio de pagamento dos valores retrativos. Outros pontos ainda constam na pauta para serem resolvidos com a greve. ENTENDA PORQUE A CATEGORIA DECIDIU GREVE LOGO NO INCIO DO ANO LETIVO DE 2014 Em 2010, ainda na administra�o Murilo Domingos, a categoria conquistou um novo PCCS. Entretanto a falta de vontade poltica, os interesses de grupos dentro da administra�o a principalmente gestores equivocados procederam um enquadramento completamente distorcido em um PCCS que a administra�o votou de acordo com sua vontade, desrespeitando as reivindicaes da categoria. Apoiados pelo Ministrio Pblico em VG, uma nova luta comeou ainda em 2010: a revis�o do PCCS contido na lei 3.505/2010. Devido ao afastamento do prefeito Murilo Domingos do cargo, coube ao ent�o prefeito Ti�o da Zaeli fazer a revis�o do PCCS. A embroma�o tambm foi marca caracterstica da administra�o Zaeli. Somente s vsperas de iniciar o perodo eleitoral que nova comiss�o foi constituda, s que n�o o prefeito Ti�o da Zaeli, o Secretrio Odenil Seba e a Procuradoria Geral do municpio n�o cumpriram com o seu papel de dar conhecimento categoria do que estaria sendo votado. O resultado foi mais uma catstrofe administrativa. O SintepVG alertou a administra�o, mas n�o foi ouvido. O PCCS aprovado em 2012 instituiu coeficientes salariais que reduziam os salrios de quase toda a categoria. O Pior, n�o Foi o prefeito Ti�o da Zaeli que sancionou o PCCS. Coube poca, ao presidente da Cmara, o Vereador Maninho de Barros sancionar o novo PCCS. Quando se tomou conhecimento do que foi votado e sancionado, percebeu-se nova tragdia para os educadores. Alm do PCCS rebaixar salrios, s teria validade a partir de fevereiro de 2013. O SintepVG fez todas as denncias acerca da matria, inclusive ao Ministrio Pblico que abriu inqurito para investigar o que aconteceu. Durante o perodo de Campanha eleitoral, no dia 16 de setembro, o SintepVG convocou um Encontro Municipal de Educa�o e convocou tambm os trs candidatos e a candidata a prefeita da cidade. Somente a candidata n�o compareceu e nem enviou representantes. No encontro todos tomaram conhecimento dos problemas da educa�o e puderam interagir com os educadores. O ent�o candidato Wallace Guimar�es foi um dos que assinou um conjunto de compromissos, entre eles, REESTRUTURAR O PCCS DA CATEGORIA E PAGAR O PISO NACIONAL, ENTRE OUTRAS QUESTES. O fim da administra�o Ti�o da Zaeli e Maninho de Barros foi mais uma tragdia para a sociedade varzeagrandense e em especial a educa�o. Com atraso no pagamento de salrio, a categoria iniciou 2013 com greve para cobrar pagamento de salrios atrasados. Com uma pauta de reivindica�o protocolada desde 11 de janeiro, a categoria decidiu resolver primeiro a quest�o dos salrios atrasados para em seguida tratar da Pauta de Reivindica�o. Porm a administra�o Wallace Guimar�es j dava sinais de que n�o facilitaria as coisas para os educadores, mesmo tendo conhecimento dos problemas desde 2012. O Secretrio Jonas Sebasti�o n�o recebia a categoria para tratar da pauta. Foi preciso realizar uma greve para arrancar um calendrio de reuni�oes e que tivesse como PAUTA ESTRUTURANTE dois pontos: A REESTRUTURAO DO PCCS E REVISO DO ENQUADRAMENTO DE 2010. Compromissos e prazos foram firmados. Porm os mesmos foram descumpridos. Sem a revis�o do PCCS, o municpio de VG passou a conviver com uma situa�o inusitada: tinha um PCCS que rebaixava salrios, enquanto pagava salrios com base em uma lei que n�o mais existe. Pior, sem atualiza�o de acordo com o valor do piso nacional. No caso da revis�o do enquadramento de 2010, foi preciso SintepVG fazer um estudo autnomo para comprovar mais de 1.000 servidores com diferenas salariais no seu enquadramento. N�o houve mais meios para a adminitra�o n�o mais reconhecer os erros. Entretanto a categoria cobrava, mais n�o obtinha resposta concreta do Executivo Municipal. Foi necessrio uma nova greve em outubro para de novo, pautar o executivo nas questes a serem revistas. Novos compromissos, novas datas. Na quest�o da revis�o do enquadramento, a SME deu os encaminhamento iniciais. Alinhou os salrios de acordo com o enquadramento reclamado, sem ainda, tocar na quest�o dos valores retroativos, muitos a 2010. Na quest�o do PCCS, o compromisso era enviar at o dia 30 de novembro o Projeto de Lei para a Cmara. Para tanto, j havia se reunido uma comiss�o paritria para revisar o que j se tinha construdo como proposta de PCCS. Mais uma vez o tempo se esgotou e o que chegou Cmara de Vereadores como Projeto de Lei era totalmente o contrrio do que se pensa em termos de reestrutura�o de carreira. A categoria bateu o p e n�o aceitou votar a reestrutura�o da carreira no afogadilho. Restou ao executivo e ao legislativo aprovar a mensagem 137 que apenas corrigia duas tabelas salariais de 2012, com erros grotescos. A categoria j tinha apontado que caso o PCCS n�o fosse reestruturado em 2013 para n�o iniciar 2014 com nova realidade de carreira e de salrio, a categoria poderia n�o iniciar o ano letivo de 2014. Portanto, sem a reestrutura�o do PCCS, sem atualizar o piso salarial de 2013 e 2014, a categoria decidiu por n�o iniciaro ano letivo de 2014. Com 64 escolas das 80 existentes no municpio participando da assembleia que deliberou pela greve, o movimento pode ter a marca histrico de garantir um PCCS digno para a categoria. Entretanto, o prprio prefeito Wallace Gumaraes e o Secretrio Jonas vem pressionando para o greve fracasse. A constitui�o de um colegiado de diretores atua como forma de influenci-los/as; o pagamento do 1/3 de frias 3 dias antes do incio das aulas e a entrega de mobilirios para as escolas, soa como manobras para fazer a greve fracassar. Lamentavelmente, quando deveramos ter o Prefeito Wallce Guimar�es cumprindo seu compromisso de campanha e ordenando a seus secretrios resolver os problemas da educa�o, vemos acontecer o mais lamentvel. A Greve que inicia hoje tem o desafio de reunir a categoria nesse esforo conjunto por valoriza�o profissional. Valores esses que s vir�o com a luta. O desafio superar o salrio de misria que se abate sobre a educa�o em VG. Uma sequncia de gestores descomprometidos com coisa pblica tem afundado Vrzea Grande num ?mar de lamas?. Nossa greve tem o intuito de estancar esta trajetria. Tambm na Cmara de Vereadores a situa�o tem sido adversa. Sequencialmente nas legislaturas anteriores, diversas matrias votadas prejudicaram os educadores, a exemplo das leis salariais que reduziram coeficientes e estabeleceram diferenas de piso salarial e tempo de servio entre o cargo de professor e tcnico.A greve justamente para tentar reverter esta situa�o na Cmara, para que as votaes n�o sejam sonegadoras do direito coletivo, n�o tenha os interesses polticos pessoais ou de grupo. Por isso, nesse momento, vale muito a frase do poeta: ?NADA A TEMER SENO O CORRER DA LUTA. NADA A FAZER SENO ESQUECER O MEDO?. Se muito estamos perdendo, ent�o, temos muito a conquistar.