A primeira campanha de vacina�o gratuita contra o vrus do HPV, que comea em 10 de maro, vai contar com o apoio de escolas pblicas e privadas de todo o pas. Alm de participarem de campanhas de esclarecimento sobre a importncia da imuniza�o contra uma famlia de vrus responsvel por mais de 70% dos casos de cncer de colo de tero, um dos mais comuns e letais no Brasil, as unidades de ensino v�o receber as equipes das secretarias municipais de Sade responsveis pela vacina�o. ?A mobiliza�o das escolas importante para aumentar a cobertura vacinal. Adiantamos o calendrio para o comeo do ano letivo para que haja tempo para a sensibiliza�o da comunidade e dos pais, que devem autorizar a aplica�o da vacina?, disse o ministro da Sade, Alexandre Padilha, durante anncio da estratgia de imuniza�o contra o HPV na manh� de hoje (22), em Braslia. Ele lembrou que desde o final dos anos 1970 as escolas n�o eram includas em campanhas como essa. Leia matria da Revista do Brasil: HPV, o inimigo ntimo Neste ano ser�o vacinadas meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, as de 9 e 10 anos. Cada uma receber trs doses, sendo a segunda aplicada seis meses depois da primeira. A terceira, para prolongar o efeito protetor, dada cinco anos depois da primeira dose. De acordo com o ministrio, a estratgia segue recomenda�o da Organiza�o Pan-Americana de Sade (Opas), que se baseia em estudos cientficos que comprovam maior resposta imunolgica e maior prote�o contra o vrus. O objetivo vacinar 80% desse pblico. “Segundo estudos a eficcia da imuniza�o maior antes do incio da atividade sexual. E nessa faixa etria a mdia das meninas brasileiras ainda n�o teve contato sexual. Combinando isso com a maior cobertura que teremos com a vacina�o nas escolas, conseguiremos reduzir a infec�o pelo HPV, inclusive nos homens, e, no futuro, diminuir a incidncia de cncer de colo de tero e mortalidade”, ressaltou Padilha. A aplica�o de todas as doses da vacina�o ser monitorada pelo Ministrio da Sade, que implementar aes de busca ativa de meninas que deixarem de comparecer para tomar a segunda e terceira doses. Haver ainda avalia�o do impacto da vacina�o na redu�o da infec�o pelo HPV, na incidncia do cncer de colo uterino e na mortalidade pela doena. Cada prefeitura vai definir e anunciar o calendrio de vacina�o, que ser mantida tambm nos postos de sade. Nas clnicas particulares, as trs doses da vacina custam em mdia R$ 1 mil. A divulga�o da campanha contar com cartilhas, folders e um filme que ser veiculado na TV, cuja mensagem principal que, apesar de cada menina ter seu jeito diferente, todas tm em comum a necessidade de prote�o contra o cncer de colo de tero. Famlia HPV A vacina que passa a integrar o Programa Nacional de Imunizaes a quadrivalente, que assegura eficcia contra quatro tipos de vrus da famlia HPV (6, 11, 16 e 18). S�o os de nmero 16 e 18 os causadores de leses cancergenas, aos quais est�o associados mais de 70% dos casos de cncer de colo uterino. Terceiro tumor mais comum entre as mulheres brasileiras, causou a morte de 5.160 mulheres no Brasil em 2011. Segundo o Instituto Nacional do Cncer (Inca), todo ano surgem 17.540 novos casos da doena no pas, a maioria nas regies Norte e Nordeste e em localidades mais pobres dos centros mais ricos. Em todo o mundo, a doena causa 270 mil mortes. Conforme a Organiza�o Mundial da Sade (OMS), em todo o mundo 291 milhes de mulheres s�o portadoras de algum sorotipo do vrus, e 32% delas com os tipos 16, 18 ou os dois ao mesmo tempo. Mais tecnologia O imunizante produzido pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo estadual paulista, por meio de um acordo de transferncia de tecnologia com o laboratrio norte-americano Merck Sharp & Dohme e o Ministrio da Sade. Na primeira etapa, quando ser produzido imunizante quadrivalente, que protege contra quatro tipos do HPV, o faturamento do instituto ser quase que triplicado em cinco anos, passando de R$ 348 milhes em 2013 para R$ 1 bilh�o em 2018 ?” valor correspondente a 36 milhes de doses. Atualmente o instituto fornece vacinas contra hepatite B, raiva, difteria, ttano e pertucis, alm de soros contra venenos de aranhas e escorpies, ttano e botulismo, entre outros, mas o portflio est defasado, segundo o Ministrio da Sade. Com o salto tecnolgico da parceria, poder passar a produzir, a mdio prazo, vacinas capazes de combater, ao mesmo tempo, muito mais tipos de vrus da famlia HPV, conferindo ainda mais prote�o. Outros benefcios do acordo s�o o desenvolvimento da pesquisa no pas, a gera�o de empregos, a menor dependncia em rela�o a laboratrios estrangeiros, bem como a vulnerabilidade do SUS, que necessita de imunizantes e medicamentos a preos menores. Alm disso, s em 2014 o Brasil dever economizar cerca de R$ 78 milhes com vacina. Ao todo, em cinco anos, o SUS economizar R$ 319 milhes. O custo de cada dose de R$ 30 ?” o menor j praticado no mercado. O valor 15% menor que o praticado pelo Fundo Rotatrio da Opas, que compra em grandes quantidades para atender seus pases-membros. Fonte – Rede Brasil Attual