O Conselho de Representantes das Escolas da Rede Municipal de Ensino de Várzea Grande, convocado pela direção da subsede do SintepVG, realizado nesta quinta (03/03), aprovou o indicativo de Retomada da Greve por Tempo Indeterminado a partir do dia 15 de março. O indicativo será avaliado pela Assembleia Geral da categoria, convocada para o dia 10 de março.
Até lá, os profissionais da rede municipal de VG aguardam um posicionamento da administração com relação aos pontos acordados em agosto de 2015 quando a greve foi suspensa. A direção do sindicato em audiência com a Secretária Zilda Pereira Leite apresentou 3 pontos que são de urgente solução para que a greve não fosse retomada no mês de março.
A greve por tempo indeterminado poderá acontecer em virtude da Secretaria Municipal de Educação Cultura, Esporte e Lazer (SMECEL), ainda não ter respondido aos três pontos de pauta já manifestados à administração: 1) Revisão e atualização imediata dos valores do enquadramento na folha de março; 2) Revisão do PCCS e questões pendentes, dentre elas a correção das tabelas dos funcionários não-profissionalizados e, 3) Aprovação em lei do índice de atualização do piso na carreira, com vigência a partir de maio, resguardando a retroatividade a janeiro de 2016.
Os Representantes também avaliaram as condições das escolas para o início do ano letivo que começou de forma tardia em Várzea Grande. Há denúncias de superlotação de turmas, de escolas que irá iniciar o ano letivo apenas em abril e nas creches a lista de espera por uma vaga é grande.
A questão do Processo Seletivo Simplificado também foi pautado no conselho. O tema está envolvido com outra questão, a de assinatura de contratos temporários por apenas 3 meses, numa situação de aprofundamento da precarização desses contratos. Os conselheiros presentes repudiaram essa forma de atuação da Prefeita Lucimar Campos e vai constar da pauta da greve a suspensão do Processo Seletivo em 2016 e a manutenção dos contratos até o final do corrente ano.
Para o presidente da Subsede do Sintep Várzea Grande, os prejuízos salariais da categoria vão ganhando números alarmantes. Sem assegurar a correção do enquadramento do salário de quase dois mil servidores, sem a atualização do piso salarial com percentual de 11,36% em maio (sem exigir o retroativo de imediato) e sem corrigir o PCCS, principalmente na tabela salarial dos funcionários, esses prejuízos trarão desânimo e desestímulo aos profissionais. Para ele, a retomada da greve por tempo indeterminado é inevitável e único caminho dos próprios educadores manterem um mínimo de dignidade no exercício da profissão.
A Assembleia Geral da categoria será convocada para o dia 10 de março, às 08:00 hs no CEJA Licínio Monteiro da Silva para avaliar a retomada da greve por tempo indeterminado até o atendimento dos três pontos assinalados.
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