Um processo tumultuado jamais visto nas duas últimas décadas na educação em MT. O ano letivo foi suspenso em várias escolas e em vários municípios do estado, enquanto que nas escolas que acolheram os estudantes era visível a falta de condições para tal, avalia o presidente da Subsede do Sintep/VG, Gilmar Soares Ferreira.
Segundo o presidente do Sintep/VG, basta uma visita a qualquer escola da rede estadual para se deparar com a falta de professores e técnicos . A falta de Professores de Pedagogia e de todas as áreas do conhecimento obrigou muitos gestores a dispensar os estudantes por impossibilidade de atendê-los adequadamente.
As escolas que resolveram iniciar o ano letivo, a forma encontrada foi realizar atividades coletivas, de entrosamento, ajuntamento de salas.
Vários gestores escolares foram obrigados a contrair dívidas, comprando fiado para assegurar materiais para reparos: como pintura, troca de lâmpadas e materiais de limpeza. Isto porque a Seduc não repassou recurso para as escolas.
E, algumas escolas que tinham recursos, estavam impossibilitados de usar porque a Seduc interviu no funcionamento dos CDCEs e exigiu nova eleição para trocar integrantes oriundos de contratos temporários e que não iriam mais ficar nas escolas. Como o processo de registro de atas é demorado, as escolas não tiveram como usar seus recursos.
Com relação ao pessoal técnico a situação não foi diferente. Faltavam agentes de pátio, pessoal da limpeza e da alimentação escolar, pois os contratos ainda não foram efetivados. Ainda, hoje pela manhã tinha servidores chegando nas escolas, pela primeira vez, junto com os alunos.
Várias escolas tiveram que dispensar os estudantes portadores de deficiência, pois não foi liberado pela Seduc a contratação dos técnicos que acompanham estes estudantes. Muitos servidores tiveram que deixar suas funções para acompanhar aqueles que ficaram na escola para, por exemplo, utilizar o banheiro.