Entenda o golpe nas contas de luz!

No final de 2012, a presidenta Dilma iniciou um processo de renova�o por mais 30 anos das concesses de diversas hidreltricas (Lei n 12.783), a maioria de controle estatal, que teriam seus contratos vencidos entre 2012 e 2015, entre elas as usinas da CESP. Em contrapartida, exigiu uma redu�o das tarifas, em vez de vender sua energia R$ 100,00/1.000 kWh como vinham fazendo at ent�o, passariam a vender pelo valor de R$ 33,00 (valor cobrado pelas empresas federais – sistema Eletrobrs). No entanto, o governo Alckmin, assim como os governos do Paran e Minas Gerais, todos sob o comando do PSDB, n�o aceitou renovar a concess�o e se colocou contrrio redu�o das tarifas. Isso porque a medida reduziria a taxa de lucro dos acionistas privados, que no caso da CESP representam 65%. Com isso, inicia-se uma srie de leiles para os prximos meses. S�o 36 usinas – 12 Hidreltricas e 24 Pequenas Centrais Hidreltricas – que podem sofrer o processo de privatiza�o atravs dos leiles, todas controladas pelo PSDB (CESP (SP), CEMIG (MG) e COPEL (PR). Usinas como estas, construdas h mais de 30 anos, j amortizadas (com o valor de investimento j recuperado), poderiam estar oferecendo a energia mais barata do Brasil. Ao todo, estas usinas somam um potencial prximo a 10.000 MW, cerca de 10% de todo o potencial hidreltrico brasileiro. medida que seus contratos de concess�o se encerram, estas ser�o devolvidas ao governo federal e em seguida leiloadas, ou seja, repassadas a um novo proprietrio. Os leiles, que segundo as regras do mercado simulam concorrncia para proporcionar tarifas mais modestas, demonstraram-se uma forma clara de privatiza�o e, sobretudo, um “golpe” arquitetado pelos governos do PSDB. Parte destas 30 usinas, por terem seus contratos vencidos, est vendendo livremente sua energia no Mercado de Curto Prazo por R$ 822,83/1.000 kWh, valor 25 vezes maior que o cobrado pelas usinas federais que renovaram a concess�o – cerca de R$ 33,00/1.000 kWh. Esse “golpe” no setor eltrico gerou um lucro de aproximadamente R$ 21 bilhes s distribuidoras, valor que sara do bolso da popula�o brasileira. Para impedir que esse prejuzo fosse repassado aos consumidores em perodo eleitoral, o governo federal est injetando R$ 13 bilhes no setor eltrico. Alm disso, orientou a Cmara de Comercializa�o de Energia Eltrica (CCEE) a auxiliar no emprstimo de mais R$ 8 bilhes para as empresas distribuidoras, que compram energia das geradoras. O acordo que a partir de 2015 esse emprstimo comece a ser quitado. Para isso, o valor ser repassado aos consumidores, que podem pagar at 30% a mais nas contas de luz. Para o integrante da coordena�o nacional do MAB, Gilberto Cervinski, isto s se resolver com um maior controle do estado. “O governo n�o teve coragem de enfrentar esse golpe orquestrado pelo PSDB. Precisamos de um controle do estado sobre o setor eltrico, que hoje dominado pelo capital especulativo, na sua grande maioria internacional”, avalia. Fonte: MAB