A falta de diálogo do governo do estado com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), tem se tornado um problema para a categoria, que não avança o processo de negociação das pautas de reivindicação. Após três ofícios protocolados (nº 065/2017, nº111/2017, nº168/2017), o sindicato continua sem resposta para uma audiência com o secretário da pasta, Marco Marrafon. Enquanto isso, prossegue nas escolas o processo de precarização e desmonte e a ameaça da terceirização.
A última Assembleia do Sintep/MT, realizada em 22 de maio, reiterou as reivindicações acumulas no acordo feito para o encerramento da greve de 67 dias, em 2016, acrescido de novas reivindicações, que permanecem comprometendo o desenvolvimento da educação nas unidades escolares. A falta de agenda da Seduc-MT está sendo avaliada pela categoria como descaso com as políticas educacionais defendidas pelos profissionais.
“Ao contrário do que acreditamos como prática democrática, o diálogo amplo e coletivo, não é interesse do executivo estadual. Ao invés disso, o governador e o secretário de educação do estado preferem tentar resolver os problemas da educação com paliativos e discurso para comitivas durante a caravana da Transformação”, destaca o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento.
Segundo Henrique, o governo acredita fazer pela mídia o diálogo ao anunciar o cumprimento de pontos da pauta, à revelia do que defende a categoria. “O diálogo é necessário para efetivar e fortalecer a política educacional no estado no que tange as condições de trabalho, valorização profissional e fortalecimento da educação pública e gratuita conforme anseio dos profissionais da educação”, destaca.
O Sintep/MT chama atenção de que a categoria está consciente de que o lançamento do edital do concurso público é fruto da luta da categoria articulada por este sindicato. A categoria ainda entende que o parcelamento Revisão Geral Anual (RGA) feito pelo governo Taques inviabiliza a Dobra do Poder de Compra.
Assessoria/Sintep-MT