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Educadores debatem estratégias contra novo modelo de colonização da América Latina

Os participantes do Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano Paulo Freire, iniciado na manhã desta sexta-feira (29/9), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) alertaram, durante a mesa de abertura, que o movimento sindical necessita estar mobilizado para fazer o enfrentamento ao novo modelo de colonização da América Latina, que está sendo imposto pelos governos neoliberais e conservadores, especialmente às medidas que buscam a mercantilização da educação pública.

O anfitrião do evento, Manoel Rodrigues da Silva, presidente do Sintero, lembrou que a saída da presidente Dilma Rousseff provocou forte ruptura para o povo brasileiro, acarretando grandes perdas sociais nas áreas de educação, saúde e segurança, conquistadas na última década. “Não podemos aceitar tais medidas sem fazer o confronto ao governo golpista e ilegítimo de Michel Temer. Por isso, é importante esse Encontro para tirarmos novas estratégias de luta”, destacou.

Já o presidente da CUT/RO, Nereu José Klosinski, ressaltou que a CUT em seu Congresso Nacional, realizado no mês passado, em São Paulo, aprovou uma campanha de coleta de assinaturas para reverter a Reforma Trabalhista, que representa um retrocesso à classe trabalhadora. Ele pediu o empenho de todos e todas neste processo para atingir a meta de 1,3 milhão de assinaturas. “Temos que anular essa Reforma Trabalhista e evitar a aprovação da Reforma da Previdência. Só vamos conseguir isso por meio de nossa mobilização”, concluiu.

Com a palavra de ordem “Fora Temer, corrupto e ilegítimo. A Amazônia é nossa”, o presidente da CNTE, Heleno Araújo Filho, iniciou sua saudação alertando a plenária sobre a necessidade de haver unidade na luta por mais democracia e pelas garantias dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Ele lembrou que os convidados internacionais vieram a Porto Velho para somar na construção de um processo muito forte de mobilização da classe trabalhadora. “Temos que conseguir as assinaturas suficientes para derrubar a Reforma Trabalhista. É uma forma de provarmos nossa capacidade de luta contra esse governo ilegítimo”, declarou.

Roberto Franklin de Leão, secretário de Relações Internacionais da CNTE e vice-presidente da Internacional da Educação, destacou a importância do Encontro para o fortalecimento da democracia na América Latina. “Temos a obrigação de dizer não ao novo processo de colonização que querem implantar em nossa região. Não queremos ser mais colônia, muito menos o quintal de ninguém. Não podemos aceitar governos entreguistas e que buscam transformar a América Latina em balcão de negócios”, enfatizou.

O coordenador geral do Escritório Regional da IEAL (Internacional da Educação para América Latina), Combertty Rodriguez, também alertou aos participantes sobre a necessidade de fortalecer as organizações sindicais que estão sendo perseguidas pelos governos conservadores e, em sua maioria, de direita. “Neste sentido, o Movimento Pedagógico tem papel fundamental para esse fortalecimento em todos os países da América Latina, principalmente no Brasil após a queda da presidente Dilma Rousseff”, comentou.

O representante do Ministério da Educação da Bolívia, Armando Terrazaz Calderón, que é o coordenador nacional do Programa de Formação Complementar para Atores do Sistema Educativo Plurinacional (Profocom) e vai apresentar o modelo implantado em seu país, responsável pela erradicação do analfabetismo, fez uma rápida saudação e declarou que a educação pública boliviana passou a ter prioridade no governo do presidente Evo Morales, pelo simples fato de o governo considerar que “tudo é para o povo e nada sem ele”.

Encerrando as falas da abertura, a secretária geral da CNTE, Fátima Silva, também vice-presidente da IEAL, parabenizou a direção do Sintero e todos os participantes pela realização do Encontro em Rondônia. “Sabemos da força de vocês para compartilhar as informações a serem debatidas aqui em seus municípios. Isso é essencial para fazermos o enfrentamento à mercantilização da educação na América Latina e evitarmos os avanços das medidas dos governos neoliberais”, declarou.

“Queremos socializar as diversas situações de perdas de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras na América Latina e reforçar nossa plataforma de lutas para o Brasil e toda a região. Temos que reafirmar que necessitamos de uma educação libertária, que forme homens e mulheres para serem felizes e donos do seu próprio destino. Aqui temos pessoas que são donos de suas utopias”, concluiu.

Fonte – SINTEP/MT

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