“A prática social da docência se opõem aos interesses da política neoliberal”. A frase do professor e sindicalista argentino, Eduardo Pereyra, elucida a disputa de projetos social que a Educação Pública e Gratuita enfrenta hoje diante dos projetos privatista de educação, implantado tanto no governo argentino de Maurício Macri, como no governo ilegítimo de Michel Temer.
A apresentação de Pereyra e, do representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), professor Gilmar Soares encerraram os debates Encontro, Movimento Pedagógico Latino Americano, sábado (29.04), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. Ambos abordaram a temática “A Organização dos Estados Nacionais e os desafios da Política de Valorização dos/asTrabalhadores/as da Educação por meio da Luta Sindical: Experiência Argentina e Experiência de Mato Grosso/Brasil”.
Pereyra destacou que o trabalhador da educação tem que contribuir com a reflexão com consciência política para que um governo democrático popular não é a mesma coisa do que um governo neoliberal. A disputa da escola púbica é uma disputa de consciência política. O que se constata hoje é a introdução de projetos com intenções seguramente mercantilista, que fazem o desmonte profissional. Citou o modelo já defendido por empresas multinacionais, e citou a Brinks, que faz a defesa do instrutor e não de um professor, que repassa o conhecimento, por meio de aulas prontas, transmitidas via tablet.
O professor Gilmar Soares iniciou sua fala lembrando os/as profissionais mato-grossenses que a política do governo Taques, em abrir aulas adicionais aos professores efetivos antes dos contratados é uma tentativa de acabar com a carreira. “É o início do que virá daqui pra frente”, destacou mostrando o projeto privatista em andamento no estado.
Destacou que o golpe no país já apresenta a disputa de interesses do mercado internacional. “E preciso entender as sequentes tentativas de golpe na disputa pela energia, o Pré-Sal e o desmonte de direitos sociais”, disse. As manobras implementadas pelo governo golpista Michel Temer e pelo discípulo em Mato Grosso, trazem a defesa das políticas privatistas.
Na educação, conforme Soares, eles repercutem nos enfrentamentos feitos para assegurar o Piso Salarial, frente a implantação da política de congelamento de investimentos; a Carreira, quando deixam de realizar concurso público para a implantação da terceirização ou ainda quando excluem os funcionários.
Na Formação o enfretamento se dá quando desconsideram a prática docente, e introduzem a figura de notório saber, quando deixam de realizar a capacitação dos funcionários – Profuncionário, ou quando implantam projetos pedagógicos prontos. Enfrentamentos que se estendem as Condições de Trabalho, com o fim dos direitos trabalhistas entre eles a jornada; e ainda na Gestão Democrática, com a Lei da Mordaça, e rompimento com processo eletivos de gestores.
“Temos que fazer a luta e resistência para assegurar a educação pública, estatal, gratuita e qualidade socialmente referenciada defensa de um projeto de estado de nação emancipadora e soberana”, concluiu.
Assessoria/Sintep-MT