Uma carreata na manhã desta terça-feira (14.07) percorreu a região do Centro Política e Administrativo (CPA), em Cuiabá. Com mais de 80 veículos e um carro de som, representantes das diferentes categorias que compõem o Fórum Sindical manifestaram a indignação contra os impactos negativos que o projeto de aposentadoria, criado pelo governo Mauro Mendes e hoje em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
A manifestação percorreu diversos órgãos públicos do estado com sede no CPA, tendo concentração em frente a Secretaria Estadual de Fazenda. O protesto teve como endereço principal a Casa de Leis. Na reta final para segunda votação do Projeto de Emenda Complementar nº 06/2020 (Reforma da Previdência), os servidores cobraram dos deputados negociação de pontos fundamentais para assegurar dignidade aos futuros aposentados. Além do cancelamento do confisco na aposentadoria de pensionista e aposentados, que voltaram a ser taxados com alíquota previdenciária de 14%.
Na oportunidade, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep/MT), Valdeir Pereira, reafirmou o desrespeito e descaso dos gestores estaduais com as conquistas históricas dos servidores. “Com essa Reforma da Previdência não teremos mais aposentadoria, o salário resultará em recursos para pagamento de um plano funerário, pois trabalharemos até morrer”, disse.
Valdeir convocou a categoria para participar da próxima carreata, prevista para (21/07), próxima semana. Dessa vez, tendo como pauta até mesmo a cobrança do Auxílio Emergencial para professores interinos, que se tornou Lei durante o período de pandemia, e que está sendo descumprida pelo governador Mauro Mendes.
A presidente do (Sintap/MT) Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de MT, Rosimeire Ritter, lembrou durante a manifestação, as perdas para as mulheres com essa Reforma. “Nós mulheres seremos muito mais prejudicadas, pois trabalharemos por mais tempo”, e destacou que principalmente as servidoras que estão prestes a se aposentar poderão sofrer um duro golpe, pois a PEC da Escravidão, não apresenta regras de transição.