Na manhã desta quinta-feira (09.05) os servidores públicos de Várzea Grande-MT realizaram novo protesto, convocado pelo Fórum Sindical para cobrar da Prefeita Lucimar Campos o enquadramento (Progressão de Carreira já assegurado pela justiça), há mais de oito anos engavetados. Os servidores vêm perdendo em torno de R$ 250,00 até R$ 2.500,00 reais todos os meses com a falta de progressão de carreira.
Porém, os manifestantes ficaram surpresos e revoltados com o número expressivo de agentes da Guarda Municipal e da Força Tática da PM bloqueando a porta de entrada da prefeitura e o caminhão de som impedido de estacionar no pátio municipal.
“Não somos bandidos! Não somos baderneiros. Nossa manifestação é pacífica e temos o direito de ocupar esse espaço público”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Juscelino Dias de Moura, ao comando da Guarda Municipal e da Força Tática que impediram até a entrada do caminhão de som no pátio da prefeitura. “Nós somos trabalhadores e estamos cobrando os nossos direitos que estão sendo desrespeitados. Queremos que a prefeita cumpra o que prometeu e ainda não cumpriu que é o reenquadramento”, explicou o professor.
Os manifestantes, armados com panelas e apitos, realizaram uma caminhada até a porta da Secretaria Municipal de Educação, que chamaram de “Via Sacra” dos servidores, buscando ganhar a indulgência da Prefeita Lucimar Campos.
Após a mediação do vereador, Pedro Paulo Tolares – popular Pedrinho (DEM), líder da prefeita na Câmara de Vereadores, os secretários municipais Pablo Pereira (Administração) e Kalil Baracat (Governo) receberam os representantes do Fórum Sindical, porém, somente pra dizer uma nova data – dia 21/05/19 – para a apresentação do cronograma de enquadramento, que deveria ter sido apresentado no dia 03 de maio.
Na reunião com os secretários, a Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SIMVAG/VG), Maria Rosaine Toledo Rosa Ribeiro, foi categórica ao afirmar que a prefeitura embolsa mais de 3,5 milhões dos servidores públicos e que é preciso fazer gestão para resolver a situação. “Estamos pedindo única e exclusivamente o enquadramento e reenquadramento, dentro dessa tabela salarial pequena, já que a prefeitura de VG paga os menores salários aos servidores entre as prefeituras da baixada cuiabana. São mais de 3.5 milhões retidos nos cofres da prefeitura, dinheiro que deveria estar sendo distribuído aos que tem direito de enquadramento e reenquadramento. Não é justo!”, disse a presidente do SIMVAG.
O professor Juscelino lamentou a forma que a Prefeita trata os Servidores Públicos e que aguarda uma audiência com a mesma desde 2017. Estudos desde que a Prefeita Lucimar assumiu está fazendo, tanto que assinou a Lei 4.093/2015, dizendo que em 180 dias estaria fazendo o enquadramento e garantindo outras reivindicações. Agora, a categoria não aceita mais essa conversa que está fazendo estudos. Tem os estudos, falta o que então? Planejamento e vontade política. Já apontamos os caminhos para a prefeitura o que é preciso fazer. “A nossa categoria não aceita mais desculpas para não fazer o enquadramento”, afirmou, o presidente do SINTEP/VG, lembrando que no dia 23/05 a categoria tem Conselho de Representantes, dia 30/05 Assembleia Geral e aguarda a proposta que estava prometida no dia 24 de abril.
Ao final os representantes do Fórum sindical dos Trabalhadores de Várgea Grande fez questão de registrar o repudio a tropa de choque armada até com escopeta para barrar a manifestação pacifica dos servidores públicos. O Fórum Sindical, formando pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Sindicato dos Servidores Municipais de Várzea Grande (SIMVAG) e Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Sinpen), representa mais de sete mil servidores públicos municipais.
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