Interinos são obrigados a suspender as férias para validar documentação
O Governo Taques, através da Secretaria de Estado de Educação, vem promove as “férias do terror” para os profissionais da educação, através do processo de atribuição de cargos e aulas que obrigando os servidores a interromper suas férias para validar documentos na inscrição para assumir cargos e/ou aulas interinamente no Estado.
Desde às 5h, dezenas de profissionais da educação já se aglomeravam na Assessoria Pedagógica em Várzea Grande para conseguir um ficha para ser atendido ao longo da manhã. Por volta das 10h30 quando os primeiros 200 servidores estavam concluindo seu atendimento, mais 200 fichas foram entregues para o turno da tarde, sendo que as pessoas que aguardavam a na fila já ultrapassava este número de fichas.
De acordo com o presidente do SINTEP/VG, Gilmar Soares Ferreira, os profissionais contratados temporariamente já sofrem ao longo do ano letivo pelo contrato precário, quando são contratados apenas em fevereiro, sem direito a 1/3 de férias e recebendo apenas o 13.º proporcional. “Mas o sofrimento é ainda maior, quando tem que trabalhar em mais de uma escola, com infraestruturas precárias, um sistema web que obriga a trabalhar de madrugada, como no caso dos professores”, aponta o professor.
“Mas, além de não realizar concurso, parece a atual gestão na Seduc não se contenta com o sofrimento destes profissionais. As normas para o processo de atribuição de cargos e aulas obrigou a uma inscrição via sistema WEB que já trouxe muitos problemas com senha e inscrição e que obriga estes profissionais a interromper suas férias para correr atrás de validação de documentos”, completa, ressaltando que a Seduc vem promovendo a desumanidade no processo de atribuição de cargos e aulas.
O professor lembra que quando era feita nas unidades escolares, não tínhamos este tipo de situação lamentável que estamos vendo hoje. ”As férias dos educadores precisam ser respeitadas. A Seduc pode proporcionar um processo que não sobrecarregue o profissional, respeitando seu período de descanso”, crítica o presidente do SINTEP/VG.
O Sintep/MT já previa esses e outros problemas que ainda estão por vir no processo. Para tanto, reivindicou a suspensão do processo de forma centralizada apontando a necessidade de que o mesmo voltasse para o âmbito das escolas. A justificativa de fraudes no processo é descabida diante da necessária investigação de denúncias, caso as mesmas venham ocorrer.
A Direção do Sintep/VG orienta aos profissionais que se sentirem prejudicados no processo de validação dos documentos que após concluir o processo de validação dos documentos entrem com RECURSO, documento que pode ser elaborado no mesmo momento da entrevista, lavrado à mão, mas que seja resguardada uma cópia do protocolo para reclamações futuras, através da assessoria jurídica do sindicato.