A 29ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras e 1ª Romaria da Terra e das Águas realizada na quarta-feira (02.05) teve entre suas lutas a cobrança por melhorias na educação do campo e o embate contra o fechamento das unidades escolares nas áreas rurais. Realizada anualmente, em 2018 a Romaria percorreu o Centro Político Administrativo, em Cuiabá, carregando a bandeira “Direitos humanos não se pede de joelhos, exige-se de pé!”, frase de Dom Tomás Balduíno, um dos fundadores da Comissão da Pastoral da Terra, já falecido.
Participaram da marcha, representantes de sindicatos, movimentos sociais e Igreja Católica. Entre os objetivos do evento, que teve dia de debates em 1º de maio, estão fortalecer a luta pelo direito à cidade, à terra e à permanência no campo com qualidade de vida e respeito à realidade camponesa.
Jocilene Barboza, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) relembrou o momento político de retirada de direitos da classe trabalhadora e a necessidade de mobilização para impedir retrocessos e reconquistar direitos. “A Educação tem o potencial de incidir sobre a realidade social, mas para isso deve ser libertadora e o Governo do Estado, assim como a União, tenta negar isso, com a precarização da Educação e a responsabilização unicamente dos educadores pelos resultados”.
Os participantes também relembraram as mortes no campo, como a Chacina de Colniza, em abril de 2017, e também as mortes da líder rural Terezinha Rios (há 8 meses), do assassinato da missionária Dorothy Stang (há 13 anos), da Chacina do Beco do Candeeiro (há 20 anos) e do Massacre dos Carajás (há 23 anos). Despejos de assentamentos como o Monte Carmelo, em Cuiabá, foram alvo de protestos, assim como a luta pela terra.
Assessoria Sintep/MT