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Projeto da Escola Dunga Rodrigues visa resgatar origem do Bolo de Arroz em VG

Na sexta-feira,   22 de novembro de 2024, a Professora de Matemática Rubia Coelho, da Escola Estadual Dunga Rodrigues, Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá/MT, reuniu  os alunos e alunas do 8º ano A do período matutino para mais uma atividade do projeto de empreendedorismo.

A Professora de Matemática, Doutora Rubia Coelho, propôs aos estudantes escolher um empreendimento que poderia ser estudado no “Projeto de Empreendedorismo Social” a ser desenvolvido na disciplina de matemática, na área específica de Educação Financeira. Um estudante contou que ajuda a avó produzir o bolo de arroz (ele ajuda inclusive  pilar o arroz). Dessa forma, a turma escolheu estudar a produção do Bolo de Arroz da família do estudante do 8º ano, Matheus Kenedy Fernandes Coelho, a Família Fernandes. Eles nomearam o Projeto de “Bolo de Arroz da Dona Francisca”.

Segundo a professora Rúbia, o projeto de empreendedorismo na disciplina de Matemática, teve como objetivo  estudar a produção, organização e estimar dados como custos, lucratividade e formas de possibilitar o desenvolvimento de novas parcerias institucionais que impulsione a empreendimento familiares e locais. Além disso, o projeto também visa resgatar a origem do Bolo de Arroz em Várzea Grande.

O que torna ainda mais inusitado este projeto é que todos tem conhecimento do bolo de Arroz como tradição da culinária cuiabana, principalmente por causa da Dona Eulália, uma fazedeira de bolo de arroz de primeira, que atraiu a atenção na capital e que tem como produto central no empreendimento da família, o bolo de arroz.

Não imaginam, quem foi a mestra da Dona Eulália?

De acordo com Jeremias Feliciano Fernandes Lima,  irmão mais novo de D. Francisca, a tradição do fazimento do “Bolo de Arroz”  na família vem de geração a geração. E acontece que justamente, a famosa  D. Eulália de Cuiabá, teve como mestra a fazedeira, a  Maria Verentina Fernandes, conhecida como Dona Vera, da Família Fernandes. Dona Vera é a mãe de D. Francisca Maria Fernandes da Silva (66 anos), avó do estudante da Turma do 8º ano, Matheus Kenedy Fernandes Coelho. A Família Fernandes são moradores de longa data no Jardim Maringá I, Bairro da região do Grande Parque do Lago em Várzea Grande/MT.

Então, fica a pergunta no ar: “Por que o bolo de arroz não ficou famoso em Várzea Grande?”

De acordo com a professora Dra. Rubia Araujo Coelho, o contexto dessa tradição está bem enraizada na cultura cuiabana, que oferece um lastro mais amplo de enraizamento familiar das tradições culturais e alimentícias. Como capital, Cuiabá atraí as atenções e possibilita o desenvolvimento dos empreendimentos familiares. No caso de Várzea Grande, várias iniciativas  ficaram em segundo plano, até mesmo por falta de incentivo. “Percebemos que é necessário o resgate da cultura várzea-grandense e do reconhecimento e incentivo de empreendimentos que valorizem e divulgue a cultura do local”.

Para isso, segundo a professora, um dos próximos passos do projeto para valorização da origem do Bolo de Arroz em VG, é estabelecer uma parceria com uma instituição de nível superior para o próximo ano e propor um plano de negócios para o empreendimento da Dona Francisca.

Doutora Rubia Araujo Coelho  – Licenciada em Matemática, contadora, mestrado em Agronegócios e Desenvolvimento Regional. Doutora em Educação. Sou coordenadora do Programa COM-A-FÉ (Aprendizagem Cooperativa, Solidária e Fraterna) da Faculdade Católica de Mato Grosso.

Ainda segundo a professora Rúbia “O processo de ensino e aprendizagem permeia o campo da conexão entre o conhecimento científico e das comunidades como forma de aproximar os conceitos e aplicações da ciência no cotidiano e nas famílias. Os estudantes aprenderam muito dos conhecimentos matemáticos, da cultura várzea-grandense, mas, acima tudo aprenderam através das trocas de experiências com a Dona Francisca, seu Jeremias e seu colega de turma, Matheus Kennedy.

Continua a professora Rúbia, “a escola precisa ser um ambiente em que o processo de ensino e aprendizagem tenha sentido para todos os atores envolvidos. Em um mundo cada vez mais conectado, precisamos conectar histórias, vivências, ensinar e aprender uns com os outros com um alcance de um objetivo em comum. A participação dos estudantes no conhecimento de um projeto de alto valor existencial, histórico e cultural, em que gerações se encontram (Avó – D. Francisca, Tio – Jeremias e Matheus -Neto) é sempre a possibilidade de um aprendizado coletivo e solidário, passos importantes para uma verdadeira revolução no aprendizado em nosso país”, finaliza a professora Rúbia.

 

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