Aproximadamente 300 profissionais da educação da rede municipal de Várzea Grande realizaram, na manhã desta quarta-feira (25/05), em frente o gabinete da Prefeita Lucimar Sacre de Campos um protesto contra a decisão da Prefeita de assegurar 11,36% de reajuste salarial no mês de maio, apenas para os professores. Os funcionários que fazem parte da carreira dos profissionais da educação ficaram de fora da revisão salarial.
Além da revisão salarial, os professores e funcionários de escola cobraram outros pontos de pauta como a revisão do Plano de Carreira Cargos e Salários (PCCS) e revisão do enquadramento da categoria. Todos estes pontos são oriundos de acordos assinados pela administração no âmbito do Tribunal de Justiça.
A categoria alerta para a possibilidade de nova greve, caso as reivindicações não sejam atendidas. Além da revisão salarial, são mais de 1.500 servidores que tem diferenças salariais a receber da prefeitura, além de correções nas tabelas salariais dos funcionários para reconhecer a Profissionalização dos Funcionários na carreira.
Acordo da greve de 2015
Os profissionais da Educação cobram também o acordo intermediado pelos vereadores, que findou a greve de agosto de 2015, quando a prefeita Lucimar Campos encaminhou o projeto de lei para a Câmara de Vereadores. No acordo a prefeita se comprometeu em pagar na folha de maio, já que o mês da data base da categoria é janeiro.
Em março de 2016, já antevendo dificuldades de negociação com a Secretária Zilda, nova greve aconteceu. A partir de então uma Comissão Permanente de Negociação assumiu a linha de frente da negociação, mas que até o momento apenas promoveu retrocesso nas questões que já haviam sido acordadas.
Manifesto
Durante o protesto, a categoria lançou um Manifesto dos/as trabalhadores/as da Educação. No manifesto, a categoria chama a atenção da prefeita Lucimar que pode passar para a história como uma das piores gestões na valorização dos servidores públicos.
O manifesto fala dos sentimentos dos funcionários nas escolas, que a partir da proposta da comissão de negociação, ficará sem revisão salarial em 2016. O sentimento dos funcionários é que a prefeita Lucimar atua como feitor e madrasta dos funcionários de escolas, castigando-os a viver sem reajuste salarial em 2016, condenando-os ao atraso salarial, piorando ainda as condições de subsistências desses servidores.
Greve não está descartada
Para o presidente do Sintep/VG, Gilmar Soares, que não descartou a a expectativa de haver negociação, somente a luta da categoria é que poderá reverter a situação.
No dia 31 de maio se reunirá o Conselho de Representantes, onde será avaliado o quadro de pagamento dos salários já com a implantação da revisão de 11.36%. O detalhe, segundo o presidente, será a condição de somente ser pago aos professores, o que poderá desencadear novo processo de paralisação.
Caso se confirme o pagamento somente aos professores dos percentuais de 11.36%, uma assembleia geral será imediatamente convocada, para deliberar sobre os próximos passos das mobilizações, inclusive, por uma possível greve.