Por Professor Gilmar Soares,
“Tem chovido à ufa!”, como diz o cidadão nascido nestas paragens de Cuiabá e Várzea Grande. Basta uma chuva copiosa, por alguns minutos, para que apareçam as fragilidades da infraestrutura da cidade de Várzea Grande.
Como se não bastassem os buracos nas ruas nos bairros, pois a atual administração, em seu terceiro ano de mandato, asfaltou apenas as ruas principais do centro. Esqueceram que já é tempo de superar o período da copa e apresentar soluções, até porque, a maioria dos problemas na infraestrutura são anteriores a copa. Agora, nesse período, as chuvas nos fazem perceber os sérios riscos que corremos nos prédios da saúde e da educação, justamente dos serviços que a maioria da população mais utiliza.
Escolas alagadas. Postos de saúde sem condições de atendimento. E a administradora municipal pede plano estratégico “quando a casa está caindo”. Pior anda, são os secretários, a exemplo, daquele que manifestou o ritmo dos reparos à meia boca, tendo os olhos voltados para dezembro e janeiro para uma intervenção mais forte, onde com certeza, estaremos novamente sujeitos às tempestades de verão. O fato irá se repetir, pois, o ano passou e a reforma estrutural não aconteceu.
Vale destacar, o início de uma obra: creche no Cabo Michel, Escola no 15 de maio, a escola Paulo Freire e a escola Alino Ferreira na região do Parque do Lago são demonstrações da lentidão, da demora para uma obra começar, porém sem deixar de fazer a festança para inauguração da mesma. As escolas citadas tiveram ou estão com no mínimo dois anos nessa lenga-lenga. Um enredo que seria cômico se não fosse trágico, sempre que a natureza resolve nos atropelar.
Há outros exemplos de morosidade na reparação da infraestrutura avariada. Quem visita ou mora no Bairro Cristo Rei, pode já estar acostumado com parte da estrutura da Creche São Domingos Sávio, que foi demolida após anos com risco de desabamento. Já se vão 2 ou 3 anos que não se move um tijolo no local. A creche só não teve prejudicado seu atendimento, porque o Ministério Público obrigou, através de TAC – Termo de Ajuste de Conduta, a rede atacadista do Assai a construir algumas salas de aulas, em compensação da construção de seu estabelecimento em área de preservação ambiental.
A construção das salas veio em boa hora. Foi o suficiente para a administração municipal se acomodar.
O Sintep/VG vem cobrando agilidade nas reformas das creches e escolas. Foi assim na última audiência em dezembro de 2017. A conversa, porém, é sempre a mesma. A prefeitura tem ciência dos problemas e tudo está em licitação e dentro em breve a obra vai se iniciar. Vai chuva e vem o sol, também vêm à seca, os problemas são mais facilmente suportados e as soluções são postergadas, até que outras águas apontem que em Várzea Grande, por parte dos políticos e gestores só há uma opção: “pensar estrategicamente, quando a realidade exige ação”, enquanto isso, a população que precisa dos serviços públicos de saúde e educação, vive na penúria.
Professor Gilmar Soares Ferreira, é presidente do Sintep/VG, secretário de Comunicação do Sintep MT e secretário de Assuntos Educacionais da CNTE