O estigma e a discrimina�o vivenciados pela popula�o LGBT (lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tm resultado em graves violaes de direitos humanos, dificultando a erradica�o da violncia e de doenas como a Aids. No mundo do trabalho, o estigma e a discrimina�o influenciam os nveis de efici-ncia e produ�o, o bem-estar laboral e o prprio acesso ou permanncia em um trabalho decente. O texto abre o livro ?Construindo a igualdade de oportunidades no mundo do trabalho: combatendo a homo-lesbo-transfobia?, lanado pela OIT (Organiza�o Internacional do Trabalho) esta semana. A publica�o uma iniciativa conjunta da OIT, Pnud e Unaids, agncias da ONU que est�o atuando para colocar em prtica para o segmento LGBT e pessoas vivendo com HIV/Aids a promessa presente na Declara�o Universal dos Direitos Humanos de um mundo livre e igual para todos. Na introdu�o do livro, a OIT afirmar que “ambiente de trabalho j n�o mais como antes e as mudanas s�o cada vez mais rpidas e profundas”. Diz ainda que o aumento da popula�o e sua concentra�o em reas urbanas, a globaliza�o e as mudanas culturais colocam novos desafios ao mundo do trabalho e aos atores sociais que com ele interagem. A homogeneidade j n�o t�o facilmente imposta, mesmo com os sofisticados mecanismos de exclus�o e repress�o que ainda persistem nas prticas de gest�o. J n�o se sustenta facilmente a vis�o simplista de que trabalhadores e trabalhadoras s�o ?recursos humanos? ou ?m�o de obra?, utilizados para desumanizar e retirar qualquer caracterstica pessoal deste ambiente que se quer higienizado e aparentemente uniforme. A diversidade de pessoas, situaes, perspectivas e expectativas obrigam as organizaes a buscarem a essncia, o que tem sentido e significados mais profundos sobre a forma de ser e de fazer, fugindo de frmulas que valorizam apenas o que superficial. As pessoas trazem para o ambiente de trabalho uma pluralidade de caractersticas que desafia normas, estilos, padronizaes, processos e polticas que antes eram impostos e obedecidos sem tantos questionamentos. Prticas de discrimina�o, antes aceitas com naturalidade, agora s�o problematizadas e rejeitadas. Espera-se, mais que isso, que as especificidades sejam consideradas, respeitadas e, mais que isso, explicitadas, desconstruindo o padr�o dominante que determina o que aceito como normal, belo, saudvel, correto e competente, entre outros atributos que se confundem com caractersticas como gnero, raa, cor, deficincia, estado sorolgico, idade, orienta�o sexual e identidade de gnero, por exemplo. 16 Temos uma quantidade significativa de legisla�o no mbito da OIT que tratam desses temas e nos ajudar�o na cria�o de ambientes de trabalho mais acolhedores, vide a Conven�o 111,4 e Recomenda�o 200, tratadas mais adiante no documento. Acesse aqui o PDF da publica�o Com informaes da OIT