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O desmonte da Educação Pública no projeto Neoliberal foi o foco da análise de conjuntura do Encontro Sintep/MT

Três palestrantes foram convidados para a abordar a Conjuntura Política Educacional diante da Nova Faceta Neoliberal, no primeiro dia de debates do Encontro Extraordinário de Educação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), sexta-feira (14.09). O professor doutor Luiz Fernandes Dourado (UFG), a professora Camem Helena Ferreira Foro, vice-presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores, e Erivan Hilário, coordenador Nacional da Educação do Movimento Nacional de Sem-Terra (MST).

Luiz Fernandes Dourado pontuou o novo movimento geopolítico do Capital para tratar dos desafios da classe trabalhadora. Ressaltou a necessidade de se apropriar nesse período eleitoral do voto, para ver assegurado nas urnas o projeto de sociedade que faça o enfrentamento às políticas de retrocesso aos direitos sociais em vigência no país. Pontou a apropriação do mercado por lógicas diversas. Lógica da minimização do papel do Estado e do direito sociais; da apropriação do fundo público; da mercantilização; e agora da financialização da educação. 

Segundo Dourado, sem um enfrentamento político, que faça a defesa econômica e social da classe trabalhadora, os desmontes iniciados com o engavetamento do Plano Nacional de Educação (PNE), do Piso Salarial, hoje virando teto, dos corte de recursos para Universidades Federais, da Reforma do Ensino Médio, Base Nacional Comum Curricular, Escola Sem Partido, que rompem com a formação cidadã, se aprofundarão. “Os trabalhadores devem ter clareza da perspectiva de classe e saber que projeto devem apoiar”.

A vice-presidente nacional da CUT, Carmem Foro, destacou o golpe contra a classe trabalhadora, iniciado com a retirada da presidente legitimamente eleita, continua com todo os desmonte de conquistas. Conforme ela, não será fácil derrotá-lo. “Temos que evidenciar a luta de classe no pais e precisamos pontuar isso”, disse.

Carmem destacou que a crise brasileira é a crise do capital internacional, cuja saída é explorar o trabalhador, expropriar o meio ambiente e diminuir o papel do Estado se apropriando do capital nacional. “Nunca vimos antes o capital de braços dados com o fascismo, de braços dados com ódio, com racismo, misoginia”, afirmou. 

A professora definiu a luta dos educadores como uma luta da classe trabalhadora, pois a reforma trabalhista é mais do que 14 milhões de desempregados, são os trabalhadores na informalidade e muito mais. “Nosso desafio é derrotar o golpe nas urnas para a inclusão do povo na política sociais”

A liderança do MST, Erivan Hilário, focou na necessidade da disputa do projeto, na Educação. Segundo ele, a chamada crise na educação é uma crise criada para fortalecer o projeto político econômico que quer negar o acesso da classe trabalhadora a educação formal e a outras conquistas como o Estatuto da Criança e do Adolescentes. “Como falar em direito social se hoje se fecham escolas? questionou. 

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Assessoria/Sintep-MT

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