O Movimento “Primavera Estudantil”, organizado em conjunto pela Associação Matogrossense dos Estudantes (AME), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), chegou a Cuiabá, capital de Mato Grosso. Os/as estudantes ocuparam a primeira escola em Cuiabá, nesta tarde de sábado (28.05).
Cerca de 20 estudantes partiram em carreata da Escola Elmaz Gattas e se juntaram com os alunos da Escola Estadual Professor Rafael Rueda para ocuparem a escola, que é conhecida como CAIC, localizada no Bairro Pedra 90.
Agora, já são quatro escolas ocupadas em Mato Grosso contra projeto do governo de Parceria Público-Privada (PPP) que prevê terceirização de serviços em escolas da rede pública. Além do CAIC do Pedra 90, em Cuiabá, outras três escolas em Várzea Grande: Elmaz Gattas Monteiro, Ubaldo Monteiro, Marlene Marques de Barros permanecem ocupadas até que o governo retire a proposta de PPP.
Os objetivos do Governo Taques (PSDB) é entregar os serviços públicos do Estado para serem geridos pelas Parcerias Públicos Privadas (PPPs). O governo estadual, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), através do MT PAR, abriu Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para realização de Parceria Público Privada com empresas ficarão responsáveis pela construção, reforma, ampliação, gestão, manutenção e operacionalização de serviços não pedagógicos das escolas. Já são 76 escolas que serão entregues as PPPs.
Além do fim do projeto de PPP, os estudantes querem que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que veio à tona com a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que foi batizada de “Rêmora”.
De acordo com o presidente da AME, a ideia é continuar unindo forças para ocupar mais escolas, não só em Cuiabá ou em Várzea Grande, mais em todo o Estado, para fortalecer à greve anunciada pelo Sintep/MT e também unificar as pautas.
Os estudantes estão pedindo ajuda aos profissionais da educação e a população no sentido de angariar alimentos e materiais de limpeza para garantir a permanência na escola.
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