Lixo, baratas, ratos, entulho, mau cheiro, depredação e desmoronamento é o resultado de um ano de abandono do prédio escolar, em que pelo menos as telhas, portas e janelas poderiam ser reaproveitadas. Isso, sem falar que muito material poderiam ser doados para a construção de moradias populares.
Esse é o cenário de abandono da Escola Municipal de Educação Básica – EMEB “Alino Ferreira de Magalhães” do bairro Alto da Boa Vista – região do Parque do Lago – testemunhado pela comunidade do entorno, que desde o início de 2017, sonha com a reforma ou reconstrução da escola. A chegada de um dirigente da subsede do SintepVG é interpelada pelos moradores que ansiosamente perguntam: a reforma vai começar?
Os moradores vizinhos do prédio abandonado reclamam da falta de segurança e do risco para as crianças. “O local não tem portas nem portões. Durante o dia é o risco das crianças que adentram o espaço da quadra de esporte e das salas, com possibilidade de acidentes com o entulho por todos os lados e risco de desmoronamento das paredes e tetos despencando e a noite o local acaba sendo usado como moradia para sem-teto e por usuários como ponto de consumo de drogas”, como relatou um morador que também confirmou a retirada de materiais por moradores de rua que frequentam o espaço.
A situação de abandono do prédio escolar já foi pauta de noticiários de TVs, mas nem a Prefeita Lucimar Campos, tampouco seu esposo, o secretário Jayme Verissimo de Campos tomaram providencias. O Silêncio também é total por parte da Câmara Municipal.
Enquanto o prédio vai ao chão aos poucos, a prefeitura já fez o orçamento para continuar pagando aluguel por mais um ano das salas anexas da igreja católica do bairro até a construção de um novo prédio escolar.
Segundo o presidente do SintepVG, professor Gilmar Soares, a administração expõe a comunidade a uma situação de risco e alerta para a vigilância sanitária. “É um caso de interdição do prédio e até de saúde pública devido aos riscos de acidentes”, alerta o professor.