Pelas precrias condies materiais nas escolas municipais de Vrzea Grande um ato heroico trabalhar o ensino. Agora, imagine o drama vivido por duas escolas que est�o ?arranjadas? em um mesmo espao. Esta e a situa�o das Escolas Municipais de Educa�o Bsica (EMEB) Paulo Freire e Irenice Godoy de Campos. As escolas que h mais de um ano est�o funcionando de forma precria em prdio alugado em outro bairro na cidade. Como se trata de um drama vivido pelas duas comunidades escolares, nesta reportagem vamos retratar das dificuldades da Escola Paulo Freire e numa segunda reportagem vamos tratar do drama em que vivem a comunidade da Escola Irenice Godoy de Campos. A dire�o da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Pblico de Mato Grosso de Vrzea Grande (Sintep/VG) tem por objetivo, nessas visitas, reunir materiais para o DOSSI que ser apresentado s autoridades para que se tomem providencias. A Escola Paulo Freire que atendia no final de 2013 mais de 300 alunos mergulhou a partir de 08 de novembro num sonho, o da reforma da escola e acordou em 2014 num pesadelo que pelas aparncias do prdio em reforma, n�o tem hora para terminar. A reforma se arrasta h mais de um ano e h mais de trs meses est parada. Quem passa pelo bairro onde est sediada a escola, dificilmente n�o vai se indignar, pelo porte da escola e pelo abandono da obra. Logo na chegada possvel ver que h muita coisa para fazer ainda. Mas, o mais triste e ver que o que j foi feito comea a se deteriorar pelo abandono das coisas iniciadas. O telhado foi, parcialmente, colocado. O muro, parte da nova estrutura, est desabando e as janelas colocadas, ainda sem pintar, comeam a sofrer a a�o da agua e do sol, num processo de alastramento da ferrugem. Na visita, feita por integrante da dire�o da subsede, numa tarde chuvosa, n�o encontramos ningum na obra, a n�o ser animais que pastavam em volta, onde muitos materiais como areia e pedra est�o se perdendo. Um vizinho que veio ao nosso encontro, angustiado, querendo saber quando a obra ser retomada, lamentou o estado de abandono e as valetas que j se formam em torno da obra e em frente de sua casa, o que para as prximas semanas, com a intensifica�o das chuvas, deixar a rua intransitvel. ?A escola fechada desde novembro de 2013 para reforma, est funcionando em um espao alugado que abriga tambm uma segunda escola. As crianas precisam ser transportadas de nibus. Renem-se na praa e mesmo que o trajeto seja rpido, implica em muitos desgastes para os mesmos e seus pais. O cansao j se abate por todos em fun�o das dificuldades. Muitas coisas precisam funcionar na improvisa�o, nestas condies?, relata uma educadora. Devido situa�o, quase uma centena dos alunos j pediram transferncia e isto est impactando no quadro de profissionais da escola que se refletem com fim de contratos e com o processo de atribui�o de aulas, muitos efetivos poder�o ter que deixar a unidade escolar, que atua por vrios anos, por falta de alunos para compor as turmas de antes. Segundo integrantes da comunidade escolas, a rotina estressante reflete no pedaggico das escolas. Aulas reduzidas, salas com ajuntamento de duas turmas, salas improvisadas, estrutura maquiada com uma reforma. O impacto no aprendizado j se faz sentir. A superlota�o das salas um agravante, pois com pouco espao de salas no prdio necessrio colocar duas turmas nas salas. De acordo com a comunidade escolar da Escola Paulo Freire a quest�o do espao atual n�o seria tanto problema, se houvesse prazo para a reforma terminar. A locomo�o dos estudantes o maior problema. Porque vai provocar maior xodo dos alunos para outras escolas. A sensa�o de indigna�o na comunidade, pelo descaso da administra�o. A prefeitura fica num empurra-empurra com as empreiteiras. Tcnicos visitam as obras, mas nenhuma posi�o da prefeitura sobre a retomada das obras. A comunidade j apresentou seu drama para a televis�o, para o Ministrio Pblico, mas tais denncias n�o tem surtido efeito. Mais uma vez, a comunidade apela para as autoridades intervirem na situa�o. A dire�o do Sintep/VG far novamente a denncia da situa�o e encaminhar dossi com fotos ao Ministrio Pblico, na expectativa de encaminhamentos para a solu�o dos problemas.