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Descontrole da gestão na SME/VG: portaria de atribuição de cargos remove pessoas das unidades escolares e aprofunda as enfermidades dos servidores

merenda_fundamentalA Secretaria Municipal de Educa�o de Vrzea Grande (SME/VG) est promovendo uma onda de tormentos sobre a rede municipal de Vrzea Grande. Essa onda de tormentos est abalando, principalmente, as funcionrias da educa�o, na maioria mulheres que est�o em desvio de fun�o devido s doenas adquiridas no exerccio da profiss�o. Segundo o presidente do Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Pblico de Mato Grosso de Vrzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares Ferreira, a SME/VG publicou uma nova portaria de atribui�o de cargos que alm de diminuir o nmero de servidores efetivos nas escolas agrava a situa�o daquelas/es servidoras/es enfermas/os que est�o em desvio de fun�o. ?Ao reduzir o nmero de servidoras em desvio de fun�o nas escolas, uma verdadeira onda de ?remo�o ex-ofcio? foi imposta pela sobre a rede, os constrangimentos vividos pelas/os servidoras/es comeam com o fato de que s�o obrigadas/os a deixarem a unidade escolar que atuaram por muitos anos e onde os mesmos adquiriram problemas de sade que as/os levaram a atuar em uma outra fun�o diferente da qual foram concursadas por devido aos problemas de sade?, explica o professor . Para a servidora M.A.G, 53 anos de idade (estamos omitindo o nome da servidora e da escola para evitar retalia�o, principalmente da SME), que entrou na escola nos anos 90 e a partir do incio dos anos 2000 est em desvio de fun�o, esta situa�o vem provocando um quadro de angstias, crises de choro e at o aprofundamento de seu quadro de depress�o. Para ela, como se n�o bastasse o fato de que o ?desvio de fun�o? j provoca grande sofrimento na pessoa no local de trabalho, o fato de ter que sair da escola em que trabalha por muitos anos, vem provocando insegurana e os conflitos na escola onde trabalha j comeam a surgir. A servidora est inconformada porque ao buscar o sindicato, tomou conhecimento de que a secretaria a removeu ?ex-ofcio?, mas est enviando contratos temporrios para as escolas, para que as contratadas exeram as mesmas funes. No caso de sua escola, uma pessoa removida, com menos idade que ela, j retornou, afirma a servidora revoltada com a situa�o. Com lgrimas nos olhos, a servidora se sente mais fragilizada afirmando: ?na minha escola todos conheciam o meu problema, as pessoas me acolhiam e sabiam minha situa�o. Agora, vai levar um bom tempo e vai ser muito desgastante para que um a um saiba dos meus problemas de sade, da minha situa�o. N�o sei se vou aguentar?, finaliza a servidora. Situa�o idntica vivida pela servidora J.S.C (53 anos de idade), porm com uma diferena: at agora ela n�o sabe para qual escola ser removida .Tambm neste caso, a transferncia j traz impacto emocional para a servidora. Alm da n�o saber qual a escola ela ser enviada, a mesma j vive na insegurana pela expectativa de como as pessoas v�o receb-la. A servidora est insegura e apreensiva. Para o professor Gilmar Soares Ferreira, a Gest�o de Recursos Humanos da SME perdeu a linha do bom senso e da sensatez. ?As pessoas est�o sendo tratadas como meros nmeros, cifra financeira que n�o pode oferecer custo ao errio municipal. Vivemos uma poltica de conten�o de despesas, principalmente na folha de pagamento que est afetando os servios nas unidades escolares. Est faltando servidores para atender a demanda?, afirmou. ?N�o pode a SME despachar uma pessoa de uma escola em que j estava inserida, mesmo com sua condi�o desfavorvel pelo desvio de fun�o para outra escola, que no plano do relacionamento j expe a pessoa a condies psicolgicas de insegurana?, acrescentou o presidente. O presidente lamenta que o secretrio Jonas Sebasti�o exponha a vida das pessoas de forma desumanizada. ?Encaminhando servidores/as de uma escola para outra atravs de ofcio lamentvel, inclusive grafando em um ofcio que as mesmas ir�o para uma nova unidade escolar para ?cortar papel, cortar verduras? inconcebvel um ato administrativo como este?, questiona o professor Gilmar Soares. A vice-presidente do Sintep/VG, Cida Cortez, tambm questiona. ? estranho que justamente no momento em que se ampliam as contrataes dos CARGOS chamados ?DAS?, que s�o os cargos comissionados, a SME atente contra a vida funcional de quem foi acometido das enfermidades ocupacionais. Ao invs dos encaminhamentos para tratamento de sade ou aposentadoria, a secretaria atua de forma desumana promovendo a remo�o forada das pessoas, expondo-as ao constrangimento?, frisa Cida. A dire�o do sindicato, diante da falta de humanidade no tratamento que vem sendo dispensado para com estas pessoas e da falta de dilogo da SME com a categoria, duas aes est�o sendo encaminhadas:

  1. Encaminhar ao Ministrio Pblico – Para isto, a dire�o do Sintep/VG solicita s pessoas que foram removidas de forma autoritria, procurarem a subsede para registrar a ocorrncia e ao mesmo tempo, se possvel, tambm representar a SME diretamente no Ministrio pblico.
  2. O SintepVG , atravs da assessoria jurdica, prepara uma a�o jurdica para tentar reverter a situa�o. As pessoas afetadas e que quiserem acionar a justia devem entrar em contato com a subsede.

Para o professor Gilmar Soares Ferreira, uma tragdia em termos de recursos humanos, o que estamos vivendo na rede municipal de Vrzea Grande que alm da desvaloriza�o salarial, vivem em um ambiente de trabalho constrangedor, com muitas exigncias, sofrendo as consequncias da doenas ocupacionais, devido ao exerccio da profiss�o no prprio corpo, ao invs de serem valorizados, os servidores s�o duramente castigados em Vrzea Grande. ?Sem um PCCS digno, sem revis�o salarial anual, conforme estabelece a constitui�o, com salrios em atraso para receber da prefeitura, o nico tratamento que recebem da atual administra�o o descaso e o desprezo. uma situa�o repugnante. Isto porque, a nica poltica que parece existir na SME/VG promover manobras para remover o quadro efetivo das escolas para continuar realizando inmeros contratos temporrios. Ao que tudo parece mais aprazvel para o atual gestor ver os efetivos adoecendo ou pedindo exonera�o, porque isto vai lhes favorecer a poltica de contrata�o, que seguramente lhes rende mais vantagens eleitoreiras?, afirmou o professor .

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