Por Gilmar Soares Ferreira
Continua o descaso e o desrespeito do Governo Taques para com o Direito à Educação para a maioria de nossas crianças, jovens e adultos. Em Várzea Grande são alunos sem salas de aulas, turmas superlotadas e escola fazendo rodízio de turmas além de adultos sem professor.
A Seduc agiu com total irresponsabilidade: não visitou as escolas para prever as adequações prediais, as reformas e não assegurou às unidades escolares nenhum recurso para pequenos reparos. Resultado, além das crianças sem aulas por falta de infraestrutura, as gestões nas unidades escolares estão se endividando para assegurar alimentação e materiais pedagógico nas escolas.
A Seduc sabe do que as escolas necessitam para iniciar as atividades letivas. Mas no caso das escolas com grande demanda de matrícula no ensino fundamental, a exemplo de Várzea Grande, a Seduc quis se isentar da responsabilidade de atendimento da demanda.
Pressionados pelo Sintep Várzea Grande que não deixou o Governo Taques fechar oito escolas previstas, a Seduc teve que assumir a demanda de 500 alunos que ficariam sem escola em Várzea Grande.
Estes alunos estão estudando na Escola Pedro Gardes, mas frequentam o prédio do Ceja Licínio Monteiro, Já os alunos da Escola Elizabete Maria Bastos Mineiros estão na própria escola, mas tem que se submeter ao rodízio de turmas. Isto porque a Seduc não se dignou a resolver os problemas de infraestrutura e das salas móveis previstos em dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Por isso o desconforto é geral, mesmo porque a tragédia intervencionista da Seduc continua provocando estragos no Projeto Pedagógico das escolas.
De forma quase generalizada, faltam professores em quase todas as escolas. Em quase todas as disciplinas há aulas sem professor. Há alunos sem aulas.
Diante disso tudo é estranho o silêncio do Ministério Público. A Assembleia Legislativa continua tentando deslegitimar o Ciclo de Formação Humana enquanto mais de 400 mil alunos estão sem professores em uma ou outra disciplina.
O Governador legalista Pedro Taques, parece não se importar com o problema. Vive em constantes viagens, quando os problemas na saúde, educação e com pagamento de pessoal vem à superfície. E parece que é gozação, pois sempre a Seduc vem aos meios de comunicação justificar dizendo que 75%, 80%, 90% e por último 95% do quadro das escolas estão lotados.
Sempre os números, as estatísticas se conformam como discurso fácil para justificar a irresponsabilidade no PSS/SEDUC/2016, justamente o processo pensado para eliminar os desvios, foi o que mais promoveu desvios de conduta em Várzea Grande, onde bacharéis atribuíram aulas na frente de licenciados.
Por último, agora, são os Multimeios que sofrem as agruras das listas que ora apresentam uma relação de nomes, ora retiram nomes antes descritos. Caso a Seduc queira desacreditar tudo o que está descrito aqui, vai um desafio: que apenas mostrem a quantidade de recursos reclamando do processo, alguns inclusive com SEGURANÇA ganha na justiça e quantas vezes as portarias foram republicadas para correção do “percurso do desesperos” dos inscritos!
Gilmar Soares Ferreira é presidente do Sintep/VG, secretário de Comunicação do SintepMT e secretário de Formação da CNTE