Os Trabalhadores da Educação, pais e estudantes, da Escola Estadual Elizabeth Maria Bastos Mineiro, localizada no Bairro São Matheus, no município de Várzea Grande, realizaram Assembleia Geral nesta terça-feira (27/08) para tratar do FECHAMENTO DO PERÍODO NOTURNO.
De acordo com o professor Juscelino Dias de Moura presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Subsede de Várzea Grande (Sintep/VG), a comunidade escolar foi surpreendida com o comunicado da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC), através de email, informando à Direção da Escola o FECHAMENTO do período noturno (sem justificativa), e o reordenamento dos alunos para a nova escola que está sendo construída, localizada a 3km de distância da EE Elizabeth.
Revoltada com a decisão unilateral da SEDUC/MT, a comunidade escolar reprovou, por unanimidade, o fechamento do período noturno da unidade escolar e deliberaram pela realização de uma manifestação na próxima semana.
“A manifestação será na terça-feira (03/07), com concentração, a partir das 17 horas na escola. A ideia é fechar a BR (Rodovia dos Imigrantes). São mais de 300 alunos que serão prejudicados e a nova escola que vai inaugurar fica distante para esses estudantes”, informa o professor Juscelino Dias.
“É lamentável essa política adotada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) e pelo Secretário de Educação de MT Alan Porto, de fechar salas e fechar escolas, tomando decisão unilateral, sem dialogar com a comunidade escolar, demonstra total falta de sensibilidade com as pessoas, desrespeito e desumanização com quem mais precisa da escola próximo de sua casa”, ressalta Juscelino.
“Ao contrário de fechar salas de aulas e fechar escolas, o governo tem que fazer mais investimentos para possibilitar e melhorar o acesso aos estudantes, possibilitar mais cursos, tornar a escola mais atrativa, tornar a escola de tempo integral com uma educação integral, com foco numa formação de sujeitos críticos, autônomos e responsáveis consigo mesmos e com o mundo. Porém, essa política adotada pelo governo anda na contramão disso”, afirma o professor.
“O governo tem que entender que ele é passageiro e que está à frente de uma organização PÚBLICA, uma unidade política. Ele não está administrando a sua empresa, não está administrando o quintal de sua casa. Ele não pode fazer o que bem entende. Ele está administrando um estado, onde tem por OBRIGAÇÃO de RESPEITAR e DIALOGAR com a população, RESPEITAR a comunidade escolar, RESPEITAR as várias legislações que asseguram os direitos das crianças, dos jovens e adolescentes de serem ouvidos nas questões que afetam suas vidas. Portanto, a priori, tem que ter diálogo com a comunidade, com estudantes, com pais e principalmente com os trabalhadores da educação, que que nunca houve. É lamentável!”, finaliza o presidente do Sindicato.