Com cartazes e faixas com dizeres como “Salário baixo é da educação” e “troco um salário de vereador por um de merendeira”, os Profissionais da Educação da rede municipal de Várzea Grande lotaram o auditório da Câmara de Várzea Grande, na manhã desta quarta-feira (23.11), para protestar contra a votação do projeto de reajuste de salário dos vereadores e repudiar a falta de postura e de ética frente aos desmandos da administração de VG.
“Acuados, os diante dos trabalhadores da educação, retiraram o projeto da pauta de votação. Porém, isso não significa que o projeto não pode ser reapresentado a qualquer momento, na calada da noite, e ser votado na surdina. Mas, nesse primeiro momento foi uma vitória “, avalia a secretária geral do Sintep-VG, Cida Cortez, lembrando que o Executivo concedeu reajuste de 11,28% este ano apenas aos professores, após duas greves nas escolas municipais. O reajuste, porém, não foi dado aos demais funcionários da educação.
Na avaliação da direção do Sindicato, quando esse tipo de projeto chega para ser votado, é precedido de uma grande negociação entre o executivo e o legislativo. Portanto, a retirado do projeto da pauta de votação é apenas uma estratégia para se livrar da categoria presente, cobrando a vergonhosa situação da falta de recomposição salarial para os funcionários e a disparidade salarial entre os trabalhadores e os vereadores. “Portanto, a vitória foi parcial, pois a qualquer momento eles aprovam o projeto do jeito que lhes interessam”, observa a dirigente da subsede.
O salário dos vereadores é de R$ 10.021,17, com o reajuste ele aumentaria para R$ 12.650,00. Além do salário, os vereadores também recebem uma verba indenizatória, no valor de R$ 9 mil. Com o reajuste salarial dos vereadores seria o dez vezes mais do que ganham um professor ( 1,2 mil). Sem falar que os funcionários da educação em Várzea Grande, que atuam como merendeiras, vigias e auxiliares de limpeza é de R$ 980,00. Eles não recebem aumento ou reajuste há dois anos.
PRESENTE DE NATAL DE LUCIMAR
Mas, além desse projeto, foi lido na Sessão um outro projeto de lei do executivo da prefeita, mulher que diz que trabalha pelo social, que amplia a idade para o servidor público municipal se aposentar, alterando a lei da Previdência Municipal, a idade mínima se aposentar no município de Várzea Grande passaria para 70/ 75 anos. “Um projeto inconstitucional e que antecipa a discussão nacional sobre a reforma da previdência. Um desrespeito do executivo para com os servidores. Esse é o presente a Prefeita quer dar no Natal para os funcionários públicos do Município”, afirma a secretária geral do Sintep VG.
A direção do Sintep VG conclama toda a categoria, para que fiquem atenta as nossas matérias na página e redes sociais, pois, podemos fazer, a qualquer momento, uma convocação, caso esses projetos retornem à pauta. “Será preciso que a gente tenha que fazer, novamente, esse enfrentamento na Câmara Municipal de Várzea”, avalia Cortez.