Com a proximidade do aniversário de 149 anos de Várzea Grande, cada vez mais, fica nitida na cidade industrial a diferença de tratamento em obras tocadas com recursos próprios da prefeitura no município.
Para exemplificar o fato, basta comparar a imagem de duas placas de obras que estão sendo executadas: a primeira é da reforma da EMEB Bendita Bernardina na Cohab Nova Ipê e a segunda obra é o Recapeamento Asfáltico da avenida Couto Magalhães em Várzea Grande
A obra de reforma da escola Bendita Bernardina, na Cohab Nova Ipê, teve início em 19 de dezembro de 2015 e a placa assegura 120 dias para conclusão da obra. As aulas iniciaram em 02 de março e pelo prazo previsto na placa, os 120 dias se encerraram em 19 de março.
Caso a obra tivesse sido entregue, as crianças teriam perdido apenas duas semanas de aula. Mas, não foi o que aconteceu. Desde o dia 02 de março, as crianças daquela unidade escolar estão sem frequentar um dia de aula sequer. A obra se arrasta como várias outras na educação no município. O novo prazo para entregar a obra é junho, com data incerta. Com poucos operários na obra, o ritmo aponta para a possibilidade de as crianças não terem frequentado um dia de aula no semestre inteiro, sem que as autoridades viessem a tomar alguma providencia.
A morosidade com que se conduz a obra tem gerado revolta nos pais e mães das crianças. A comunidade já chamou a imprensa, denunciou os acontecimentos, mas de prático, pouca coisa melhorou no andamento das obras que inclusive, conta com indícios de serviço de baixa qualidade, quando é possível visualizar azulejos que se desprendem da parede por causa de pouca massa.
Outra obra usada como exemplo, anunciada pela placa, é recapeamento da Avenida Couto Magalhães, avenida que corta o centro da cidade. De urgência duvidosa, a rapidez com que a obra foi anunciada e executada contrasta com o que acontece em obras em várias escolas do município.
O presidente do Sintep VG, Gilmar Soares Ferreira, chama a atenção para o fato que na placa não tem o valor da obra de recapeamento da Avenida Couto Magalhães. “Ao que tudo indica, a desinformação ou falta de transparência, não é mero esquecimento e pode querer levar em conta a ausência de atuação de autoridades no acompanhamento de tantas obras no município no sentido de fiscalizá-las e exigir a urgência de sua necessidade e execução”, aponta o professor.
A subsede do Sintep de Várzea Grande denunciou, no mês de abril, que os operários da obra de reforma na EMEB Lúcia Leite Rodrigues estavam sem receber salários por mais de 2 meses. A obra que se arrasta tem levado prejuízos para o população.