Alunos de cinco turmas da Escola Estadual Arlete Maria da Silva, no Bairro Asa Bela, em Várzea Grande, perdem, desde o início das chuvas, pelo menos dois dias de aula por semana porque não há salas de aula suficientes para todos. Os estudantes, que cursam as séries iniciais do ensino fundamental estão sendo submetidos a rodízio de sala e ficam duas ou até três vezes por semana sem aulas.
A escola teve a reforma paralisada com o inicio da Operação Rêmora, que revelou o escandaloso de desvios de recursos na Gestão de Pedro Taques, que culminou inclusive com a prisão do secretário de Estado de Educação (Seduc-MT), Permínio Pinto,
De lá para cá, a vida da comunidade escolar foi transformada exigindo muita paciência, muita reivindicação e pouca solução por parte da Seduc. Pois, os alunos passaram a estudar em salas de madeirite. Com esse período de chuvas, o telhado está mofado, o que deixa um cheiro forte e com muitas infiltrações. Quando forma tempo de chuva, as crianças entram em pânico, com medo da estrutura desmoronar. Situação bem complicada. Já foi protocolado ofícios no Ministério Público e na Defesa Civil. A Defesa Civil apresentou um parecer onde aponta risco de acidente. O Ministério Público ainda não se manifestou.
“O prejuízo para os educandos são muitos. As limitações de estrutura somam-se agora riscos à vida dos estudantes. A saída é novamente improvisar, fazendo rodizio, reduzir para não perder tudo de uma vez”, avalia o presidente da subsede de Várzea Grande do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – Sintep/VG, professor Juscelino Dias de Moura.
“A gestão da escola tem se desdobrado para assegurar o mínimo em termos de dias letivo e currículo para os estudantes. Mas, a ausência de atitude por parte do governo do estado revela a tragédia para a educação numa gestão que principiou com ares superiores se proclamando o Estado de Transformação”, completa.