Hoje, quarta-feira (08.06), terceiro dia de greve dos profissionais da educação da rede municipal de Várzea Grande passaram o dia inteiro fazendo vigília na porta da prefeitura municipal cobrando da prefeita Lucimar Campos a equiparação salarial entre professores e funcionários da educação.
De acordo com a secretária geral do SINTEP/VG, Cida Cortez, a vígilia que começou às 8h e foi até as 16h, contou com centenas de trabalhadores da educação e teve como ponto relevante a avaliação da greve e de dois documentos encaminhados pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SMECEL).
“Os dois documentos contém ameaças e faltam com a verdade, pois afirmam que já estão valorizando os profissionais da educação quando faz repasse para manutenção ou reformas nas escolas. Lamentável já estamos no mês de junho e foram feitos dois repasses apenas para 21 escolas, isso revela que a situação de gravidade que se encontra a educação de Várzea Grande. Pois, além de não repassar recursos regulares para manter o funcionamento da escola, também não aplica os recursos para pagar a recomposição salarial. E não pensem, que nós trabalhadores da educação, nos sentimos obrigados em trocar reajuste salarial por repasse e reformas das escolas, isso é de responsabilidade da administração municipal e não dos servidores públicos, que tem direito e merecem receber um salário reajustado e digno”, afirma
Durante o dia, também foi organizado o “Varal da vergonha”, onde todas escolas expuseram as péssimas condições de funcionamento das unidades escolares. O quadro é extremamente grave.
Foram relatadas situações esdrúxulas como: encanamentos com vazamento, pias quebradas, vasos sanitários estúpidos, vasos sanitáriosque são limpos com latinhas, trabalhadores com férias vencidas e acumuladas e falta de recursos para comprar material de limpeza etc.
Para a diretora do Sindicato, é lamentável que a Prefeita Lucimar Campos, sendo mulher e que teve como o mote de campanha: “Cuidar, acreditar e amar”, descrimina os trabalhadores da educação, que na maioria são mulheres, negando o reajuste salarial, justamente, para o seguimento que recebe os menores salários das carreiras do município. A média salarail das/os merendeiras, agentes e limpeza e vigilância, em sua maioria mulheres é de R$ 950,00″, Alem disso, a prefeita também deixou de fora do reajuste salarial os aposentados e a supervisão escolar”, aponta.
Durante o dia a categoria deixou bem claro para a prefeita, que três pontos são inegociáveis: recomposição 11.36% para todos os trabalhadores, revisão e conclusão do Plano de Carreira, Cargos e Salários e a revisão do enquadramento.
E, a noite, os profissionais também compareceram em grande número na Câmara de vereadores também com o mesmo objetivo: Pressionar os vereadores para que cobrem da prefeita respeito a Lei de recomposição salarial.
Na sexta (10.06), os professores e funcionários realizarão mobilização na rotatória em frente ao shopping de Várzea Grande, às 8h, para mostrar para a sociedade que a prefeita está faltando com a verdade e desrespeitando a legislação.
“Portanto, Senhora Prefeita, mais um vez a categoria está em greve, em função do seu descumprimento com a Lei de Reajuste, de sua autoria, Agora, cabe também a Senhora apresentar uma proposta que contemple todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação”, conclama a secretária geral do Sintep/VG.