Escrito por: Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT A CUT cumpriu seu papel. Como agente poltico importante, participou ativamente do processo eleitoral que define a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, defendeu o projeto de desenvolvimento com inclus�o e justia social que garante os direitos da classe trabalhadora e amplia conquistas, representado pela presidenta Dilma Rousseff. O povo brasileiro escolheu Dilma Rousseff presidenta! Venceu Dilma, venceu o Brasil, venceram os brasileiros e as brasileiras. Venceu a democracia que, apesar da disputa tensa, acirrada e agressiva – com boatos, denncias de fraude nas urnas e tentativa de golpe -, saiu fortalecida e n�o sofreu qualquer abalo em seus alicerces. A vitria de Dilma a vitria dos progressistas, um sonoro “n�o” ao retrocesso. O diferencial desta campanha, que garantiu a permanncia do projeto democrtico e popular, foi o povo nas ruas, capitaneado pela CUT no Distrito Federal e nos 26 Estados do Brasil. Acio tinha parte importante dos jornais do seu lado, Dilma tinha o povo com suas bandeiras e camisetas vermelhas defendendo a continuidade do processo de transforma�o social do Pas. A vitria de Dilma a vitria dos movimentos social e sindical, da militncia e da juventude organizada e mobilizada que, apesar da campanha feita pela mdia para desestimular a participa�o deles na poltica, foi s ruas defender suas posies, dizer que tem lado. E o lado dessa juventude o nosso lado, o lado do povo, da classe trabalhadora, de toda a sociedade. A elei�o acabou, mas a luta da militncia e da juventude continua. verdade que Dilma venceu, mas o governo continua em disputa. A coaliza�o que venceu as eleies, capitaneada por Dilma, tem tambm representantes de setores conservadores e teremos, em 2015, uma das bancadas mais resistentes a mudanas da histria no Congresso Nacional. E como sempre ressaltamos a maior parte da pauta dos/as trabalhadores/as n�o est diretamente subordinada presidncia da Repblica e, sim, ao Congresso. O papel da CUT construir um movimento organizado, de massa, que ocupe as ruas, mobilize sindicatos, movimentos sindical e social, que pressione o Congresso a fazer as mudanas que reivindicamos, a aprovar a pauta da classe trabalhadora. A presidente progressista e quer mudanas. Em seu primeiro discurso falou que vai dialogar muito mais neste segundo mandato. Cabe a ns dar a sustenta�o, a base popular para que Dilma possa garantir os avanos que os/as trabalhadores/as reivindicam. Para isso, essencial avanar na democracia participativa e, neste sentido, ouvir os trabalhadores e a sociedade civil organizada tem de ser prioridade. Queremos participar mais ativamente da constru�o das polticas pblicas. Queremos avanos nos mecanismos de controle social e forma�o de propostas e polticas. Queremos a reforma poltica. E a presidenta se comprometeu com esta reivindica�o quando fomos a Braslia entregar o resultado do plebiscito popular que colheu mais de 8 milhes de assinaturas. Na ocasi�o, Dilma disse: “Meu compromisso deflagrar essa reforma que responsabilidade institucional do Congresso e que deve mobilizar a sociedade em um plebiscito por meio de uma consulta popular”. A presidenta disse que a consulta popular dar a fora e a legitimidade exigida pelo processo de transforma�o para levar frente a reforma poltica. Nosso papel dar condies para que a presidenta faa um governo progressista e de esquerda. Isso significa que a mesma dedica�o que tivemos no apoio irrestrito campanha de reelei�o de Dilma, teremos de ter na cobrana, na mobiliza�o e na press�o para que a pauta dos trabalhadores e da sociedade e as mudanas no Estado avancem cada vez mais. O Estado tem de cumprir o seu papel e garantir mais segurana, educa�o e sade de qualidade, moradia, mobilidade urbana. Essas polticas pblicas que continuamos necessitando e que devem ser muito mais consolidadas no segundo mandato de Dilma. Fonte – CUT NACIONAL