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#VARZEA GRANDE, TUDO DE BOM. PARA QUEM?

Apesar dos grandes investimentos do governo federal no município de Várzea Grande, na área da educação, saúde, Pac e investimentos nos programas sociais e outras ações, o município   vem apresentando poucas melhorias na vida da população.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2 salário mínimo é de 32,4% da população vivendo com até meio salário mínimo e apenas 14% de domicílios urbanos em vias públicas contam com urbanização adequada, presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio, portanto não é de se admirar que há mortes de crianças por diarreia e fome.  

Mesmo com estes indicadores ruins, a opção do município tem sido em investir em obras duvidosas. Dentre essas obras, vamos nos ater em três.

Começaremos pela chamada Orla da Alameda. Construída no ápice da pandemia, quando havia inúmeras mortes no município pela Covid e unidades de saúde viviam (e ainda vivem) lotadas de várzea-grandense precisando de atendimentos.

Segundo matéria da Secom VG, ¨a revitalização da orla, a manutenção dos investimentos públicos e a ampliação serão essenciais para retomada da economia e conservação de empregos”, disse a prefeita Lucimar Sacre de Campos. A revitalização da Orla tem previsão para ser concluída no segundo semestre deste ano (2020) e vai receber o maior investimento em recursos próprios da atual gestão: R$ 17 milhões. A área vai contar com lanchonetes, escadas, rampas de acesso, parque infantil, pista de caminhada, mirante, centro cultural e auditórios¨. (sic). Dezessete milhões para a revitalizar, ou seja, recuperar a obra resta-nos saber quanto de recurso público foi empregado na chamada Orla da Alameda e se ela cumpre a finalidade.

Assim, também é a obra do BRT.  Uma obra de pouco mais de 4 km que liga o bairro do Aeroporto a boca da Ponte Velha. Que benefício esta obra trará para os usuários do transporte coletivo e moradores da periferia que conta com um transporte monopolizado e sem interligação entre os bairros?  Quais melhorias verdadeiramente necessárias e prioritárias o mais de meio milhão de gastos na segunda fase da obra, que mudou o modal de VLT para BRT poderia fazer de melhor aproveitamento para a população? Quantos bilhões custará a obra VLT\BRT e quem pagará essa conta?

Outra obra, que merece atenção, são as academias livres. Não se trata debater se são boas ou não para a saúde. Mas, discutir se são prioridade e quais os locais de sua implantação. As do centro da cidade são em locais trânsito intenso e sob sol escaldante. Raramente vimos alguém utilizando-as.

Enquanto isso, crianças estão morrendo de diarreia,  na pobreza absoluta, com alto índice de insegurança alimentar. Por isso, vale perguntar #VARZEA GRANDE É TUDO DE BOM. PARA  QUEM? 

Maria Aparecida Corte, é funcionária da Educação (técnica administração escolar), direção do Sintep/VG e do Sintep/MT e Ex – Conselheira Do Conselho Da Cidade VG

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