Manifestantes afirmam que este protesto só foi o primeiro!
O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – Subsede de Várzea Grande (Sintep/VG), participou nesta segunda-feira (30/01), da manifestação dos servidores públicos do município de Várzea Grande cobrando o reajuste salarial e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), congelados há 5 anos. Os servidores públicos de Várzea Grande cruzaram os braços e realizaram um Ato Público em frente a Secretaria de Saúde, na Avenida da FEB, Várzea Grande.
Segundo o professor Juscelino Dias de Moura, presidente do Sintep/VG, a situação dos Trabalhadores da Educação não é diferente dos demais servidores. “Entra prefeito e sai prefeita, as dificuldades de diálogo, de negociação e o desrespeito com os servidores públicos continuam. Eles não valorizam esses trabalhadores que prestam os serviços públicos à população”, avalia o presidente do Sintep/VG.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Várzea Grande (Simvag), Maria Rosaine Toledo Rosa Ribeiro, a manifestação, iniciada pelos motoristas da Secretaria de Saúde, tem o objetivo de denunciar a situação que se encontram esses trabalhadores que estão com uma defasagem salarial de 22,68%, o que corresponde a quase um quarto do salário dos servidores desde 2018. “É um absurdo o que nós estamos passando e não há nenhuma previsão e nenhuma proposta por parte do prefeito. Então a gente está aqui, mobilizados, para tentar sensibilizar o prefeito Kalil para olhar pelos servidores públicos”, afirma a dirigente do SIMVAG.
No ponto de vista do psicólogo André Elias, da Secretaria de Saúde, “essa manifestação é um sinal de desenvolvimento da consciência do trabalhador, todos os servidores, se somaram a esse ato, em solidariedade aos motoristas, mas também sabendo que essa é uma luta coletiva, não é só do interesse dos motoristas. Temos várias pautas conjuntas, como a questão da RGA e outras pautas, por isso, essa atividade de hoje deve ser vista como um ponto de partida para organizar outras mobilizações e fazer a mobilização crescer daqui pra frente. Até porque o ano está apenas começando e temos que fazer um movimento pra chamar a atenção da população. A maioria dos servidores de Várzea Grande vivem uma situação de miséria, recebem praticamente um salário de fome, e praticamente vivem endividados, tendo que manter dois ou três vínculos e se matando de trabalhar para conseguir sobreviver, com exceção daqueles que tem acesso aos privilégios,” afirma o psicólogo, reafirmando que haverá mais mobilizações.