Trabalhadores da educação em Várzea Grande realizam protestos contra a determinação do governo do Estado para o fechamento de três escolas (Escola Estadual Mercedes de Paula Sôda, Escola Estadual Miguel Baracat e a Escola Estadual Hernandy Baracat de Arruda) e o CEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos) Lícinio Monteiro da Silva, todas as unidades na cidade industrial. O primeiro protesto foi realizado no último sábado (21/11). Nesta segunda, novas manifestações são realizadas com o objetivo de sensibilizar a população e os gestores públicos sobre os impactos negativos que o fechamento das unidades vai provocar.
De acordo com o presidente da subsede do Sintep em Várzea Grande, Juscelino Dias Moura, o argumento utilizado pelo governo para determinar o fechamento das escolas, é que o estado estaria “reorganizando a alocação dos estudantes”. “Em plena pandemia, o governador Mauro Mendes, com autoritarismo, sem ouvir a comunidade escolar, decidiu pelo fechamento dessas importantes e tradicionais escolas, para superlotar outras unidades de ensino. Além da própria superlotação de outras escolas, essa ‘reorganização’ vai impactar a vida dos estudantes e suas famílias, uma vez que muitos já estavam acostumados a ter sua escola perto de casa, e agora, terão que se deslocar para outros bairros onde serão realocados”, explicou o sindicalista.
O presidente do Sintep Mato Grosso, Valdeir Pereira, destacou a necessidade de resistir a esses fechamentos e criticou a decisão do governador. “Estamos vendo que essa é a marca do governo Mauro Mendes. Uma visão economicista, que visa unicamente a questão financeira, sem avaliar os impactos que suas medidas vão provocar no ensino público, na continuidade da aprendizagem. É um verdadeiro desmonte da educação, para no fim, propor como solução milagrosa, a privatização das escolas; e isso, nós vamos lutar para não permitir. O ensino tem que ser público, democrático e de qualidade”, defendeu Valdeir.
O presidente da subsede do Sintep em Várzea Grande também alertou para ações que visam precarizar o ensino público. “Ao invés de fechar escolas, o governo do estado deveria se reunir com a comunidade escolar e discutir formas de melhorar o ensino público, implantando o que muitos políticos adoram prometer em épocas de campanhas eleitorais, que são as escolas de tempo integral, com turmas reduzidas, para proporcionar um ensino cada vez melhor aos nossos estudantes, realidade que infelizmente não vemos acontecer”, finalizou Juscelino.
Fonte: Assessoria Sintep-MT