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Sintep/VG cobra pagamento das aulas excedentes

Nesta sexta-feira (19.06), a direção da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep/VG) e um grupo de professores foram recebidos em audiência pelo secretário municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande (SMECEL/VG), Silvio Fidélis para tratar do pagamento das aulas excedentes, conforme foi deliberado nos Conselhos de Representantes da Rede Municipal, realizados nos dias 29/05 e 12/06/20, de forma virtual. 

De acordo com o professor Juscelino Dias de Moura, presidente do Sintep/VG, o Sindicato enviou documento solicitando o pagamento das aulas excedentes aos professores efetivos e contratados em abril e até o momento não houve resposta por parte da secretária. 

A recomendação dada pelo Secretário de Educação de VG durante a audiência foi para os professores que estão sem receber façam um requerimento solicitando o pagamento das aulas excedentes com as devidas justificativas para que sejam analisadas. 

A resposta do Secretário deixou o grupo de manifestantes indignados, pois os professores estão trabalhando desde o início do ano letivo e agora com a Pandemia, o trabalho vem sendo dobrado. Além de trabalhar sem receber eles tem que se virar com pagamento de internet, aquisição de celulares mais modernos e outros equipamentos para fazer as aulas online. “Não temos mais um minuto de descanso. Os pais e alunos ligam a qualquer hora”, revela uma professora que não quis dizer o nome. 

Já, os professores da Escola Municipal de Educação básica EMEB Prof. Antonio Salustio Areias, localizada na região do Capela do Pissarão, enfrentam mais dificuldades, com o atraso do início do ano letivo, devido a reforma da unidade escolar. O professor Camilo Cardoso de Alcântara explica que por mês, em média, deixa de receber R$ 1.500,00, valor que iria complementar a sua renda e sente-se lesado. O que parecia um privilégio, acabou sendo um engodo, pois não precisaria correr atrás de mais aulas ou até mesmo em outra escola, e, até o momento, tem trabalhado em dobro e sem salário. “Ainda não estamos recebendo porquê não aceitamos precarizar ainda mais a qualidade da educação, uma vez que a secretaria de educação delegou a gestão da escola (diretora e coordenadora)  assumir a sala atribuída aos professores, o que fere a autonomia da gestão escolar e exercício da docência”, explica o professor. 

RECOMENDAÇÕES DO SINDICATO

Conforme aprovado no Conselho de Representantes, o sindicato faz as seguintes recomendações para todos/as os professores/as com aulas excedentes:

  1. a) Criem vínculos que comprovam o desenvolvimento das atividades inerentes as aulas excedentes;
  2. b) Comprovar o envio de atividades aos estudantes, pais ou responsáveis através de email e outros aplicativos;
  3. c) Tirar cópia do documento que trata desse assunto, e enviar para o Sindicato (ou tire foto e envie via email – [email protected]);
  4. d) Tirar print das mensagens enviadas pela SMECEL (os orientativos) e enviar para o sindicato tomar as devidas providências.
  5. e) Enviar também os documentos pessoais;

Os representantes também aprovaram que caso seja negado esse direito, o sindicato recorrerá via judicial para cobrar os devidos pagamentos. A ação na justiça será individual, portanto, todos/as devem enviar tais documentos para o sindicato.

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