Juscelino Dias Moura
Enquanto o secretário municipal de assuntos estratégicos de Várzea Grande, Jaime Campos (DEM) e sua esposa Lucimar Campos participam de cerimônia de entrega de veículos, caminhões e pás-carregadeira às secretarias, os/as trabalhadores/as da Educação da VG vem sofrendo com essa administração.
Sofrem há dois anos sem a reposição salarial dos técnicos referente aos anos de 2016 (11,36%) e 2017 (7,64%). Sofrem, também, sendo castigados sem o enquadramento de quase 90% de todos os funcionários e professores que há mais de cinco anos tem seus processos engavetados, sem encaminhamento de publicação e pagamento pela SAD, trazendo enormes prejuízos financeiros a esses profissionais, aonde cada trabalhador/a vem sendo lesado/a mensalmente em torno de R$ 300,00 a R$ 2.500,00. Com isso, a Prefeita Lucimar vem subtraindo do salário dos/as educadores/as mais de R$ 1 milhão (um milhão de reais) por mês. Com esse considerável valor, à custa dos/as educadores/as, fica fácil fazer propaganda nas mídias, para obter 80% de aprovação da administração nas pesquisas.
Na mídia, o secretário Jaime Campos diz ainda, que o município está construindo 16 CMEIS, mas não diz que os recursos para essas construções são oriundos, em sua quase totalidade, do FNDE/MEC (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) ou mesmo que as unidades recém-inauguradas foram dotações orçamentárias ainda do Governo Dilma Rousseff.
O Secretário disse ainda que “aqui as coisas estão andando porque estão sendo aplicadas de forma transparente, de forma racional, sem nada de gastos supérfluos na área da saúde, da educação. Aqui acabou aquele negócio de levar na barriga. Aqui fez, pagou”, concluiu o mesmo em discurso em frente ao Palácio da Prefeitura.
Só que ele se esqueceu de dizer que a administração Lucimar Campos “vem levando com a barriga” a questão da reposição salarial para os técnicos (uma vez que concedeu, depois de 2 anos, 15% de reajuste, ainda para janeiro de 2018, o que achatará ainda mais os vencimentos dos funcionários diante dos salários dos professores) e a questão do enquadramento para quase todos os trabalhadores da educação que vem, mensalmente, tendo perdas em seus salários e que estão amargando um dos piores salários de MT.
Em termos de orçamento, a Câmara de Vereadores aprovará, antes do recesso, a Lei de 2018. O Sintep/VG apontou as necessidades de previsão de recursos para pagamento das diferenças salariais. Mas o silencio, tanto da administração Lucimar Campos quanto da própria Câmara de Vereadores é colossal. Sinal de que continuaremos a ver as autoridades de VG dando exemplo de descumprimento das leis maiores do nosso município, a exemplo Lei do PCCS e Lei do PME (Plano Municipal de Educação) e da própria Constituição Municipal que obriga a chefe do Executivo investir 30% dos recursos arrecadados na educação do município, para diminuir a INJUSTIÇA que vem cometendo contra esses valorosos trabalhadores da educação de Várzea Grande.
Juscelino Dias Moura é Diretor do Sintep Subsede de Várzea Grande e efetivo da Rede Municipal de Ensino.