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Ato Cultural reúne centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas, por Diretas Já e Fora Temer

Aproximadamente 5 mil pessoas ocuparam a Praça Ipiranga, Centro de Cuiabá, para participar  do Ato Cultural em protesto contras as reformas trabalhistas e previdenciária e para cobrar Diretas Já e a renúncia do golpista Michel Temer.  

O Ato Cultural “Contra a retirada de Direitos e Fora Temer” encerrou o Dia  de Greve Geral em Cuiabá, que a exemplo do dia 28 de abril, parou Geral. As agências bancárias não abriram, escolas públicas ficaram fechadas, órgãos públicos não abriram as portas, várias rodovias foram bloqueadas, professores e alunos da Universidade Federal de Cuiabá (UFMT) fecharam uma das entradas na universidade e o comércio foi fraco, pois apenas 50% da frota de ônibus saiu às ruas. Ainda foram realizados atos e caminhadas em Sinop, Barra do Garças, Terra Nova do Norte, Tangará da Serra, Cáceres, Rondonópolis e em várias cidades de Mato Grosso.

Os servidores públicos além da pauta nacional também participam da Greve Nacional cobrando do Governo do Estado a Revisão Geral Anual (RGA), calculada em 6,58%, conforme o Índice Nacional de Pesquisa ao Consumidor (INPC). O Governo  Pedro Taques propôs o pagamento integral dos RGA’s de 2017 e 2018 de forma escalonada.

Durante os discursos, vários dirigentes das Centrais Sindicais citaram a votação da CCJ e, mandaram um recado especial ao Senador Cidinho Santos (PR-MT) que votou pela aprovação da Reforma Trabalhista. Também mandaram recado aos senadores José Medeiros (PSD-MT) e Wellington Fagundes (PR-MT), que eles não serão reeleitos se votarem a favor da  retirada de direitos consolidados e assegurados há mais de 70 anos aos trabalhadores/as. 

 Para o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa, a Greve Geral teve por objetivo alertar o Congresso Nacional, que se aprovarem as reformas a luta irá se intensificar  para garantir que eles não voltem a ocupar a cadeira que hoje ocupam em nome do interesse do povo, pois com mão grande estão retirando os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Avaliação do dia 30 de Junho

“O que importa para nós não foi o número de trabalhadoras e trabalhadores que paralisaram as atividades e  nem quantos categorias pararam totalmente, importante foi desta vez o importante foi que a população está pouco a pouco sendo informada sobre os prejuízos desse projeto nefasto dos golpistas.  As Cuts em todos os estado, durante o mês de junho, organizou plenárias, panfletagem nos locais de trabalho e em espaços públicos, que culminou com as duas últimas greves históricas, a do dia 28 de abril e a de hoje, 30 de junho”, avalia o secretário de Comunicação da CUT/MT, Robinson Cireia.

Cireia ainda aponta que algumas categoria cobram de seus dirigentes a realização de Assembleias e a participação das atividades da Greve Geral de hoje, e isso deixa claro, cada vez mais o nível de consciência da classe trabalhadora. “Nós faremos quantas greves gerais forem necessárias para barrar estas reformas”, frisou dirigente cutista.

  “Não podemos sair das ruas. Precisamos continuar dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras para que entendam o que a reforma significa. Não vai ter carteira de trabalho, a CLT será rasgada, não terá concurso público, não teremos férias e nem aposentadoria.  Portanto,  é preciso lutar, exigir diretas Já e Fora Temer”, disse o presidente da CUT/MT, João Luiz Dourado.

 O presidente da CUT MT agradeceu a participação das categorias presentes e reafirmou a resistência e a teimosia na defesa dos direitos da classe trabalhadora. “A CUT MT estará todos os dias lutando contra as reformas da Previdência e trabalhista. As categorias independentes de Central está entendo a importância da unidade . Só na rua e com unidade que teremos força para barrar esses ataques à classe trabalhadora”, finalizou ressaltando que “Juntos somos Fortes”.

 Entenda mais sobre a Reforma Trabalhista e da Previdência

 A proposta de Reforma da Previdência, do governo golpista, Michel Temer, estabelece a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e acaba com a diferença de critérios entre homens e mulheres no acesso aos benefícios, do campo ou da cidade. Os militares, bombeiros e policiais estão fora dos planos de Temer apesar de serem responsáveis por 45% do chamado déficit do setor.

 Além da reforma da Previdência, o atual governo, também pretende acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), representada na proposta de sobrepor o negociado ao legislado nas negociações trabalhistas.

 O texto da reforma trabalhista aprovada pela Câmara e que tramita no Senado altera vários pontos da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT):

  • Ratifica que patrões e empregados podem fazer acordos que prevalecem sobre a lei.
  • Abre ainda a possibilidade de parcelamento de férias, jornadas de trabalho mais flexíveis e longas e o fim da contribuição sindical obrigatória. 
  • Mantém o prazo de validade de dois anos para os acordos coletivos e as convenções de trabalho, vedando expressamente a ultratividade (aplicação após o término de sua vigência).
  • Cria ainda duas modalidades de contratação: a de trabalho intermitente, por jornada ou hora de serviço, e também o home office. 
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