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ESCOLA ESTADUAL GARCIA NETO EM VG SUSPENDE AULAS POR 3 DIAS PARA EXIGIR AÇÃO DA SEDUC

Reunida em ato público, nesta quarta-feira(02/08), a comunidade da Escola Estadual Governador Garcia Neto em Várzea Grande resolveu suspender as aulas por 3 dias para pressionar Secretário Estadual Marcos Marrafon a atender as reivindicações já apresentadas por estudantes, profissionais e pais e mães à Seduc/MT.

A Comunidade escolar vem reivindicando melhorias em infraestrutura. O prédio alugado, construído para ser depósito de mercadorias, abriga hoje a Escola Estadual Governador Garcia Neto a apresenta diversos problemas de infraestrutura.

Dentre os problemas está a rede energia elétrica da escola. Relatos dão conta de que já houve princípio de incêndio na rede, uma vez que a mesma não suporta os equipamentos ligados, principalmente no período vespertino.

Os estudantes e profissionais da educação não tem acesso a água gelada e os ventiladores não podem ser ligados, pois pode ocorrer curtos-circuitos na rede e risco de incêndio. Em função do clima quente em nosso estado, a situação impede os estudantes de estudar e aprender de forma adequada.

SEDUC VEM INTERFERINDO NA GESTÃO DA ESCOLA

A Secretaria de Estado de Educação vem interferindo de forma direta na gestão da escola. Primeiro foi a implantação pela via da COAÇÂO do então diretor da escola para aceitar de forma unilateral e sem diálogo com a comunidade escolar, um projeto desenvolvido pela ONG Ensina Brasil, tido como de “inovação” pedagógica.

A Ong Ensina Brasil se apresenta aos governos, como não tendo interesses financeiros, mas no fundo não tem é compromisso com a qualidade social da educação e se oferecem a implantar projetos ditos “inovadores” com a contratação de profissionais não-docentes ou em formação, para atuar com salário e regime diferenciado de jornada na escola.

Com a falsa realidade de que a experiência não tem custos para o Estado, a ONG Ensina Brasil é ligada a uma ONG dos Estados Unidos chamada Teacher For All (Professores para Todos), que pretende implantar nos sistemas públicos as práticas de flexibilização e minimização do Estado nas políticas Públicas educacionais

Nos Estados Unidos, o serviço das ONGs visa formar professores em menos de 5 semanas, na concepção e forma tecnicista e sem compromisso com a comunidade escolar. Esta é a forma destas ONGs tramar a entrada de empresas privadas no setor público. Em MT, apresentando contratos de gerentes muito bem pagos, os mesmo apresentam outra falsa realidade, a de oferecer acompanhamento e formação quase que semanal aos “futuros” professores.

É fato que numa realidade de curto prazo (2 anos de formação aqui no Brasil), com uma experiência que se assemelha a Tursimo-residente na educação para os contratados vindo de outros estados, encontram na experiência uma forma de atuar melhor que os demais profissionais efetivos ou contratados que sofrem a mazelas da desassistência na política de formação continuada pela própria Seduc/Estado.

Em Mato Grosso, o Governador Pedro Taques e o Secretário Marcos Marrafon são os gerentes de um consórcio interestadual, capitaneado pelo Governador Marconi Perillo do PSDB de Goiás, que visam implantar as chamadas “práticas inovadoras” na gestão pública. Em MT o Governo Taques tem tentado quebrar as conquistas da população e profissionais da educação através da implantação destas iniciativas privatistas. Em 2015 ele tentou privatizar 70 escolas e todos os Cefapros. Uma greve de 67 dias impediu o ataque de privatização do governador e agora, juntos, o Governador Taques e o Secretário Marcos Marrafon na Seduc tentam implantar a privatização e a terceirização através de convênios com as Ongs.

SEDUC ESTÁ TENTANDO INDICAR O DIRETOR DA ESCOLA

Desde a saída do diretor da escola, a comunidade escolar buscar eleger integrante do quadro da própria escola para a direção. Entretanto, forças de dentro da Seduc vem intervindo para “INDICAR” o/a diretor/a, retomando uma prática autoritária dos tempos da Família Campos no Governo do Estado.

No momento atual, forças de dentro do Governo atua para impedir candidaturas legítimas da comunidade escolar, apresentando impedimentos burocráticos de prestação de contas que o setor responsável na própria Seduc não havia antes manifestado.
Chama a atenção a abertura de inscrição de candidatos de fora da escola, quando a própria escola tem profissionais qualificados e capacitados para exercer o mandato.

O ato público realizado na escola demonstra a forma de agir da atual gestão na Seduc, que tem os olhos voltados para as empresas, ONGs e OSs e as costas viradas para a comunidade escolar. A atuação da Seduc desde o início do governo Taques, partindo da atribuição de aulas, passando pela questão salarial e pela ausência de diálogo com a comunidade antes projetos “inovadores” apresentados, à questão da corrupção nas reformas e construção de escolas e as tentativas de quebrar direitos previstos na carreira como jornada de 30 horas semanais, apontam para novos ataques deste governo que precisam ser enfrentando com muita luta pela categoria.

E não faltará da população mato-grossense o esclarecimento necessário dos trabalhadores da educação, na denúncia dos mal feitos do governo Taques, ao mesmo tempo que manteremos a disposição para luta. Afinal, nossa luta é por direitos para a maioria da população.

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